O óbvio ululante - II
O Memorandum apresentado agora pela Troika vem tornar ainda mais óbvio quem reúne e quem não reúne condições para garantir a sua execução. Entre a farsa permanente do PS e a insegurança e inconsistência do PSD é desesperada a necessidade de confiança, preparação e sentido de Estado.
Chega a ser chocante o jogo político com que, quer o PS quer o PSD, estão a subjugar o país num momento de emergência como o que vivemos. Será que o que mais nos deve preocupar é saber se o Acordo é igual ao PEC IV ou quais foram as propostas que o condicionaram mais?
O que esperamos – exigimos mesmo – num momento sério como este é uma manifestação formal de compromisso, de empenhamento, de execução rigorosa. Ponto. Não é este o momento do jogo político, fútil e infantil.
Estamos perante o facto político mais relevante (e condicionante) dos últimos 25 anos, e o PS e o PSD insistem em oferecer-nos mimos públicos, numa autêntica diarreia de declarações, entrevistas e recados. Até o «5 p'rá meia-noite» serve para declarações políticas. Ao que nós chegámos!
Salva-se o CDS. O único que tem sabido manter o recato, a responsabilidade, a dignidade. Outra vez.