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Rua Direita

Rua Direita

06
Jun11

Day After!

Filipe Diaz

A noite de ontem trouxe-nos uma série de vitórias:

 

i. a maioria absoluta de direita, PSD (com 105 deputados) e CDS (com 24 deputados) juntos ultrapassam confortavelmente a barreira dos 115 deputados;

 

ii. a eleição de dois deputados aqui da Rua - Parabéns Inês e Adolfo;

 

iii. a estrondosa derrota do PS;

 

iv. a demissão do vencido José Sócrates (imediatamente despojado do temor reverencial de que parecia gozar) e, assumindo que por uma vez na vida cumpre o que promete, a garantia de que não assumirá qualquer cargo;

 

v. a redução do Bloco de Esquerda ao seu real esvaziado significado;

 

and, last but not least

 

vi. a certeza que o peso do CDS na sociedade portuguesa é actualmente muito maior do que aquele que revelam os números da urnas, penalizado que foi nas últimas semanas pelo incessante e aterrorizador apelo ao “voto útil” e cego.

 

A terminar, se me é permitido, um recado aos novos governantes... mãos à obra, que o país não pode esperar, a tarefa não é fácil, há muito para fazer e têm de mostrar aos portugueses que estão à altura do desafio e que, juntos, podemos fazer (muito) mais e melhor! 

12
Mai11

A pré campanha

José Maria Montenegro

Estes dias de pré campanha têm sido particularmente reveladores. Ou melhor, elucidativos, quanto à actual natureza dos partidos. O PS, um partido desligado da realidade, submisso à dialéctica quase louca de um líder que, teimoso e resistente, já nada tem para oferecer ao País. O PSD, reconhecidamente sintonizado com as dificuldades que enfrentamos, sofre todavia de falta de rumo, de coerência, de voz clara. Não tranquiliza a honestidade ou rectidão de intensão das suas principais figuras (Passos Coelho, Catroga, Carlos Moedas, etc). O excesso de declarações, de entrevistas, de comentários, com as inevitáveis contradições, são a expressão eloquente da impreparação e amadorismo de que não precisamos. O CDS, claramente preparado, com energia, mobilizador, jovem mas maduro, a revelar uma capacidade de mobilização que não lhe conheciamos. Parece estar a vencer a crónica resistência que os eleitores lhe têm «oferecido». Onde antes viamos (ou não) apoios envergonhados, hoje vemos a participação activa e empenhada. Onde antes viamos um homem só a varrer as feiras de norte a sul do país, hoje vemos vários quadros, com voz própria (ainda que sintonizada), cada um no seu círculo eleitoral. O BE, sem rumo, sem bandeiras, a definhar. Já nem o carisma e qualidades políticas de Francisco Louçã parecem ser suficientes. Num quadro eleitoral sem causas fracturantes, sem espaço para o «ideal», em que as pessoas querem mesmo ter soluções para os seus problemas, um partido radical de esquerda recolhe à expressão eleitoral que julgava não mais conhecer. O PCP paradoxalmente sem chama. Justamente num momento de alta de desemprego, de tensões sociais, de cortes salariais, seria expectável que o partido dos sindicatos ganhasse fôlego e expressão eleitoral. Mas não. O PCP parece estar reduzido aos seus fiéis. Porventura, tal como com o BE, as pessoas parecem procurar mesmo soluções e não as veêm em bandeiras como a «renegociação da dívida» ou a «subida do salário mínimo».

08
Mai11

Reminiscências de 1985

Filipe Santos

 

Talvez Francisco Louçã esteja convencido de que assim como a intervenção do FMI de 1983 produziu o PRD (que obteve mais de 1 milhão de votos), esta intervenção do FMI poderia poderia promover o Bloco de Esquerda à "primeira liga".

 

Contudo, como escrevi aqui, o que prevejo, e o que se prevê, é a derrocada eleitoral do Bloco.

 

O PRD de 2011 pode bem ser o CDS porque é este o partido da alternativa. 

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