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Rua Direita

Rua Direita

13
Mai11

A insustentável leveza de não ser

António Folhadela Moreira

Os artigos de Carlos Abreu Amorim lembram-me aquelas pessoas que, levando a vida toda uma existência modesta e despercebida, de um dia para o outro fazem fortuna e passam a aparecer com os dedos cheios de anéis.

 

O problema de Carlos Abreu Amorim é a ideia fantástica que tem de si próprio, coisa que não seria um problema de maior caso houvesse alguma coisa de fantástico no seu pensamento ou na sua personalidade. Mas não há, e prova disso mesmo é o seu artigo do DN que foi ligado a este blog.

 

Carlos Abreu Amorim, enquanto grande ideólogo que acredita ser e dever ser (vide a sua passagem efémera pelo CDS, nos anos de '96 a '98, e mais tarde no PND de Manuel Monteiro), podia usar a sua enorme capacidade de pensamento para afirmar um PSD, pelo qual agora alinha, e tentar com isso que o seu PSD ande menos desorientado.

 

Em vez disso regrediu uns anos até ao tempo da sua meninice e evocou o papão, i.e., uma inevitável coligação do CDS com o PS, para com isso tentar que os eleitores comam a sopa, perdão, votem no PSD.

 

Se Carlos Abreu Amorim ler o Rua Direita quero desde já sossegá-lo, o papão não existe.

13
Mai11

Poetas treinadores?

Luís Pedro Mateus

Sobre o CDS, Carlos Abreu Amorim diz que:

 

"O seu principal alvo tem sido o PSD - para já, os ataques à governação socialista apenas surgem como o intróito ambiguamente contextual às arremetidas principais"


"O CDS tem-se conduzido como um aliado estratégico e preferencial de Sócrates, estabelecendo tacitamente com este uma profícua prática concertada que visa arrochar o PSD entre duas tenazes."


"Tudo indica que Portas quer retornar ao poder seja qual for o parceiro partidário."

 

Estou preocupado com o Carlos Abreu Amorim.

 

O que é que pode explicar que se esqueça de quem tem sido o partido com as declarações mais agressivas em relação ao CDS? (e não, não foi o BE)

O que é que pode explicar, como já disse o Tiago, que se esqueça de quem tem sido o partido verdadeiramente "aliado estratégico" de Sócrates, com aprovações de todos os PEC e Orçamentos de Estado?

 

O que é que pode explicar que Carlos Abreu Amorim (candidato por um partido cujo líder, no espaço de 3 meses, teve 3 posições diferentes quanto a integrar governo com Sócrates) ignore que Portas já disse preto no branco, por mais que uma vez, que a haver coligação, o parceiro mais natural é o PSD e, como se não bastasse, ter dito, também preto no branco, e mais que uma vez, que com Sócrates "jamais"?

 

Toda a gente sabe que o Carlos Abreu Amorim padece daquela doença crónica que se manifesta no uso desmedido de palavras para dizer uma frase que apenas precisaria de três.

 

Talvez o Carlos Abreu Amorim, imbuído na mesma confusão que o fez passar pela Nova Democracia, agora pense que é poeta. Um Fernando Pessoa.

Mas não é.

 

Ou talvez pense que é treinador de futebol. Talvez pense que é o Manuel Machado, já que lhe admira o dialecto (e é obcecado com "A táctica").

Mas não é.

 

Talvez seja um pouco dos dois: um histero-neurastênico com discurso de treinador de futebol.

12
Mai11

Serviço de tradução

José Meireles Graça

"Tudo indica que Portas quer retornar ao poder seja qual for o parceiro partidário. O seu programa, quando chegar, redundará num combinado de elementos de assistencialismo social e de solene rigor financeiro habilmente entrelaçados com os habituais temas da segurança e da ruralidade romântica para que o CDS simule sobressair dos dois grande partidos que verdadeiramente disputam o poder entre si."


Isto foi escrito aqui e é um elogio significativo por vir da concorrência mais chegada. Porém, o hermetismo da linguagem requer algum trabalho de interpretação, pelo que tomo sobre mim o encargo de reescrever o texto numa linguagem mais acessível ao cidadão comum. Aqui está:

 

Portas quer retornar ao poder, excepto com os parceiros que já excluiu expressamente. O seu programa, quando chegar, redundará num combinado de elementos de preocupação com os reformados e desvalidos e de inflexível rigor financeiro, habilmente entrelaçados com os tão desprezados temas da segurança e do défice alimentar do nosso País, para que o CDS finalmente possa por em prática o que o distingue dos dois grande partidos que verdadeiramente têm dividido o poder entre si.

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