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Rua Direita

Rua Direita

06
Jun11

Agora, o Voto de Confiança

João Ferreira Rebelo

Durante alguns tempos andamos por aqui a trocar umas ideias, muito saudáveis e sustentadas, sobre o que seria bom para Portugal na próxima legislatura. Já não precisamos neste momento de explicar o que é o verdadeiro voto útil.

 

Os resultados estão à vista. São cada vez os que pensam como nós e que acreditam que o CDS faz parte activa da solução que todos precisamos. Agora é altura de dar o voto de confiança.

 

Foi um prazer andar por aqui, o meu muito obrigado a Todos os vizinhos e a Todos quantos nos seguiram e connosco trocaram argumentos.

06
Jun11

Análise final e imparcial (tanto quanto possível)

Luís Pedro Mateus

Em coerência com a análise prévia que aqui tinha feito, importa deixar algumas considerações em relação a cada uma das forças políticas:

 

O PSD ganhou bem folgado, confirmando uma votação melhor do que as sondagens apontavam. No entanto, ficou bastante longe da maioria absoluta pedida por Passos Coelho e, além disso, não conseguiu chegar aos 40% (uma espécie de vitória mais "redonda"). O facto de não ter conseguido chegar aos 40% não é importante por si, apenas tem algum relevo se se pensar que Barroso a conseguiu e não concorreu num panorama de desgraça como o de agora, nem contra um Primeiro-Ministro tão mal visto pelos eleitores. De facto, o PSD poderia ter conseguido mais, mas o resultado compreende-se face ao risco da estratégia assumida pelo líder (ele próprio o confessou) na apresentação de algumas propostas.

 

O PS foi um claro derrotado, e José Sócrates a face dessa derrota, apesar de ter tido um excelente discurso de despedida. No entanto, não foi uma hecatombe. O PS, ainda assim, aguentou 1.500.000 eleitores e ficou a 2 pontos dos 30%.

De facto, é curioso reparar que a derrota do PS (28%) ficou a 1 ponto da derrota do PSD em 2009 (29%) e a vitória do PSD (38,6%) ultrapassou apenas em 2 pontos a vitória do PS em 2009 (36,6%). Precisamente por este facto, não me parece que se possa falar duma grande vitória e de uma grande derrota. Se assim fosse, teria de se dizer que em 2009 o PS tinha obtido uma grande vitória e assim não foi. A maior magnitude desta vitória laranja encontra ressonância, não se duvide, no facto de se ter conseguido o afastamento de José Sócrates e não tanto pelos resultados percentuais.


O CDS foi um vencedor relativo da noite. Relativo porque, pela primeira vez na sua história, não ultrapassou o que as sondagens lhe davam e igualmente porque, apesar de ter crescido em todos os indicadores, não cumpriu um objectivo assumido pela liderança: chegar aos 14% ou até ultrapassar.

No meio disto, pode-se o CDS congratular por ter crescido ao mesmo tempo que o PSD cresceu mais de 10%. Ou seja, fica a prova que os dois partidos têm capacidade de disputar uma grande variedade de eleitorado e não estão condenados a diminuir quando o outro cresce. A estratégia de apontar a resultado ambicioso por parte de Portas revelou-se decisiva na captação dos novos votantes que não se identificam com o sistema alternante PS-PSD e isso explica o CDS ter conseguido crescer em áreas urbanas e ter-se aguentado, e até crescido, face a um grande crescimento social-democrata. Ao mesmo tempo, essa mesma estratégia pode ter gorado a possibilidade de ultrapassar os 14%: algum do potencial eleitorado CDS, previamente PSD, poderá ter mudado de ideias uma vez desfeito o encanto "underdog" do CDS. Fica também o facto de as sondagens, apesar de terem sempre dado um bom resultado ao CDS, tendo apontado sempre a iminência dum empate técnico fizeram, como é óbvio, pender algum desses indecisos para o PSD.

 

O BE foi o maior derrotado da noite. Passou para metade dos deputados, para última força política e, a coroar a humilhação eleitoral, nem o seu líder parlamentar conseguiu eleger. Joga contra o BE, cada vez mais, o facto de já não ser novidade e de ter esgotado os seus temas fortes: o aborto já foi, o casamento gay também. O que sobra fica muito distante de conseguir, longe disso, mobilizar eleitorado a dar força ao BE. Junte-se a isto erros estratégicos de palmatória, contradições entre teoria e práctica (BE assumiu-se como alternativa, mas sempre que surge oportunidade de assumir responsabilidades, desbarata-a) e está explicado o desaire eleitoral. Fica mesmo no ar a possiblidade de o BE estar apenas à distância duma má escolha de líder e de outro desaire eleitoral de implodir por si e voltar a UDP, PSR e Política XXI.

 

A CDU foi a única vencedora da esquerda (se retirarmos o MRPP da equação). Conseguiu eleger mais um deputado, aumentou ligeiramente a sua votação e recuperou o 4º lugar ao Bloco, o que deve ter dado um gostinho especial à noite.

Fica a prova que é uma aposta segura manterem-se sempre coerentes na acção e no discurso. Um eleitorado fiel e, com uma renovação de jovens igualmente fiéis uma vez que, uma vez votante PCP, muito dificilmente o deixarão de ser porque lá está: o discurso é o mesmo e nunca mudará. Quando mudar, é o fim do PCP.

06
Jun11

Este é o momento. Mesmo.

Ana Rita Bessa

Depois de uma entusiástica noite eleitoral - parabéns ao PSD e CDS- , começa agora a possibilidade de uma nova fase.

Desta vez não há espaço para comemorações prolongadas. Não há estado de graça. Há já um sprint inicial de trabalho.

 

É certo que muito dependerá do entendimento entre PSD e CDS, da nova liderança do PS e da intervenção do Presidente.

 

Mas muito - muitíssimo - dependerá de nós. Por isso, em tom de inspiração, aqui fica para este momento e para todos os dias:

 

06
Jun11

Day After!

Filipe Diaz

A noite de ontem trouxe-nos uma série de vitórias:

 

i. a maioria absoluta de direita, PSD (com 105 deputados) e CDS (com 24 deputados) juntos ultrapassam confortavelmente a barreira dos 115 deputados;

 

ii. a eleição de dois deputados aqui da Rua - Parabéns Inês e Adolfo;

 

iii. a estrondosa derrota do PS;

 

iv. a demissão do vencido José Sócrates (imediatamente despojado do temor reverencial de que parecia gozar) e, assumindo que por uma vez na vida cumpre o que promete, a garantia de que não assumirá qualquer cargo;

 

v. a redução do Bloco de Esquerda ao seu real esvaziado significado;

 

and, last but not least

 

vi. a certeza que o peso do CDS na sociedade portuguesa é actualmente muito maior do que aquele que revelam os números da urnas, penalizado que foi nas últimas semanas pelo incessante e aterrorizador apelo ao “voto útil” e cego.

 

A terminar, se me é permitido, um recado aos novos governantes... mãos à obra, que o país não pode esperar, a tarefa não é fácil, há muito para fazer e têm de mostrar aos portugueses que estão à altura do desafio e que, juntos, podemos fazer (muito) mais e melhor! 

06
Jun11

Comentário final

Pedro Gomes Sanches

1. O resultado eleitoral, esta noite, é um excelente resultado para o país. O país soube penalizar quem foi responsável pelo estado a que Portugal chegou e soube voltar-se – como sempre o faz quando a situação é mais crítica – para o lado certo. Soube ainda distribuir os votos com sensatez e exigir compromisso e convergência entre dois partidos diferentes, aproveitando a força e a dimensão de um e a capacidade de trabalho, coerência e razão do outro. Ao país será exigido mais sacrifícios; e ao governo será exigido mais trabalho, maior entrega, pleno serviço ao bem comum. Não há margem de erro. Não há lugar a experimentalismos. Não há lugar a investimentos públicos de grande dimensão. Não há lugar à cedência a pequenos ou grandes interesses que comprometam as melhores soluções. Portugal espera o melhor, e espera os melhores.

 

2. O resultado do CDS, neste cenário, é um resultado extraordinário. O CDS cresce percentualmente, cresce em número de votos e cresce em número de deputados. E isto, por si só, já seria excelente, não fosse o facto de estarmos a atravessar um momento tão crítico da história política democrática como aquele que vivemos. A pressão para o voto útil no PSD - o candidato natural, neste momento da história da democracia portuguesa, à liderança do governo por alternativa ao PS – com o argumento da necessidade de um vitória inequívoca e do afastamento definitivo de José Sócrates da frente dos destinos do país e ainda com o fantasma do empate técnico (que se mostrou mais uma falácia, que merecia apuramento de responsabilidades) sempre a pairar sobre o debate, torna este resultado num feito admirável e um resultado extraordinário. O CDS, numas eleições em que o PSD tem mais meio milhão de votos que nas últimas eleições, cresce também 60.000 votos. Este crescimento dos dois partidos à direita é pouco comum e seria admissível que o CDS pudesse diminuir a sua votação. Tal não aconteceu e há algumas considerações que importa fazer. Primeiro, o CDS apresenta uma tendência de crescimento sólida, assente na razão e no trabalho. Parece-me que não diminui a sua votação em nenhum distrito, o que vem corroborar a tese de que não  há eleitores do CDS arrependidos do seu voto. Depois, reforça a sua votação em território urbano, aumentando a sua representação em Lisboa e Setúbal, mas reforça, também, a sua votação em bastiões da esquerda, como o Alentejo, crescendo em Beja, Évora e Portalegre! Isto deve ser convenientemente avaliado pela direcção do partido. Sobre isto – e não é este o tempo de o fazer – o CDS deverá reflectir muito atentamente. O CDS é hoje um partido de centro direita, com uma equipa competente e uma liderança fortíssima, com capital de confiança junto dos portugueses. Tem de estar à altura disso, do que se espera da equipa, do que se espera da liderança e do que se espera de um partido… de centro direita!

 

3. O resultado do Rua Direita é extraordinário. Parabéns Adolfo! Parabéns Inês! Muito me honra ter tido a oportunidade de partilhar este espaço convosco.

03
Jun11

Então tens dúvidas em quem votar? É fácil:

Francisco Meireles

O CDS tem o melhor líder.

O CDS tem a melhor equipa.

O CDS tem as melhores propostas.

O CDS trabalhou mais e melhor.

O CDS é mais independente.

 

O CDS fez a melhor campanha. Tranquila, consistente, coerente, aberta e virada para resolver os graves problemas que nos afectam.

 

O PSD tem um líder fraco, mas vai ser Primeiro-ministro.

O PSD não tem equipa, mas tem muitos candidatos a ministro.

O PSD não tem propostas, embora tenha programa de governo.

O PSD não trabalhou, apenas apoiou os PEC's e os OE's.

O PSD está totalmente dependente do aparelho do Estado e não quer ser independente.

 

O PSD fez uma péssima campanha. Mal organizada, inconsistente, de avanços e recuos, de explicações, de expulsões, de propostas desfasadas da realidade que se imporá a todos na 2ª feira.

 

Portanto é fácil... vota-se PSD!

 

Infelizmente há muita gente a pensar assim e a não ter vergonha de apresentar argumentos deste tipo. Essas pessoas tem Portugal tal como o merecem. Portugal é que merecia outras pessoas. Mas se não forem os próprios que têm consciência disso a mudar, como é que Portugal há-de ter hipóteses de mudar?

 

Para estas pessoas, parece que não é necessário MELHOR, a elas basta-lhes MUDAR. É pena.

 

Esperemos que sejam minoritárias. Esperemos que o bom senso colectivo, de que já aqui se falou, venha ao de cima. Esperemos que muitas mais pessoas votem em consequência do que dizem. Esperemos que muitas mais pessoas queiram mesmo um PORTUGAL MELHOR. Esperemos que essas pessoas dêem ao CDS força suficiente para obrigar o próximo Governo a não ser mais do mesmo.

 

CONFIO QUE SIM. Houve mais de 191 mil pessoas que votaram em branco nas últimas presidenciais. Eu fui uma. Eu vou votar CDS. Porque:

 

ESTE É O MOMENTO! POR TI! PORTUGAL!

Por mim. Pelos meus quatro filhos. Pelos meus quatro avós.

03
Jun11

Voto Verdadeiro... por todos, por Portugal!

Filipe Diaz

Domingo chega o momento em que avaliaremos a verdade dos últimos anos de governação, o momento em que decidiremos a verdade dos próximos anos, o momento em que votaremos para traçar a verdade do rumo do nosso país.

 

E nesse momento de verdades, as discussões a que assistimos nas últimas semanas sobre a utilidade do nosso voto são inúteis, pois o voto que deixarmos nas urnas só será útil se for...

 

... reflectido, por ter em conta o passado e as propostas apresentadas por cada um dos partidos!

 

... ponderado, por atender ao trabalho dos seus líderes e dirigentes e à coerência das suas posições!

 

... altruísta, por corresponder à opção que cremos ser melhor todos! 

 

... verdadeiro, por traduzir uma oportunidade única em que, em consciência, olhando aos nossos valores, princípios e convicções, podemos, cada um de nós, com sinceridade, fazer ouvir a nossa voz e fazer a diferença no nosso destino comum! 

 

Este é momento, por todos, por Portugal!

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