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Rua Direita

Rua Direita

31
Mai11

Um primeiro-ministro "ziguezagueante" e o FMI!

Filipe Diaz

A propósito das mais recentes declarações de José Sócrates, vale a pena voltar a ver dois magníficos e ilustrativos vídeos:

 

Portugal não pode ter um primeiro-ministro "ziguezagueante" e "instável"...

 

... nisto estamos todos de acordo!

 

 

 

 O programa da troika não esgota a agenda da governação...

 

... mas deveria excluir algumas pessoas do próximo governo!

 

30
Mai11

Enquanto isto... o Estado continua sem rei nem roque

CM

Enquanto Sócrates e Passos se degladiam em assuntos sem qualquer interesse real, o País segue sem controlo.

 

O PM assinou um memorando novo em que apertava os prazos, mas saltou fora para depois poder culpar quem vier a seguir. E Passos Coelho continua sem perceber que vai ter que mostrar muito mais competência do simplesmente ganhar debates ao animal feroz.

 

E ainda reclamam pelo voto útil... 

11
Mai11

Mais uma vez o chato do Medina Carreira...

João Castro Pinheiro

É que já não se pode com o Homem!!! Afinal de contas, que me lembre, pelo menos à 10 anos que o Professor nos anda a chatear com as verdades e eu, como delico-doce Português aparelhista e cortesão que sou, não gosto! É demasiado frontal e sério... Não preferiam ir apanhar sol e beber uma cervejinha do que ler o que abaixo transcrevo?

 

"Foi pedido o resgate

 

Bom, dado o que está em causa é tão só o futuro dos nossos filhos e a própria sobrevivência da democracia em Portugal, não me parece exagerado perder algum tempo a desmontar a máquina de propaganda dos bandidos que se apoderaram do nosso país.


Já sei que alguns de vós estão fartos de ouvir falar disto e não querem saber, que sou deprimente, etc, mas é importante perceberem que o que nos vai acontecer é, sobretudo, nossa responsabilidade porque não quisemos saber durante demasiado tempo e agora estamos com um pé dentro do abismo e já não há possibilidade de escapar.

 

Estou convencido que aquilo a que assistimos nos últimos dias é uma verdadeira operação militar e um crime contra a pátria (mais um). Como sabem há muito que ando nos mercados (quantos dos analistas que dizem disparates nas TVs alguma vez estiveram nos ditos mercados?) e acompanho com especial preocupação (o meu Pai diria obsessão) a situação portuguesa há vários anos.


Algumas verdades inconvenientes não batem certo com a "narrativa" socialista há muito preparada e agora posta em marcha pela comunicação social como uma verdadeira operação de PsyOps, montada pelo círculo íntimo do bandido e executada pelos jornalistas e comentadores "amigos" e dependentes das prebendas do poder (quase todos infelizmente, dado o estado do "jornalismo" que temos).

 

Ora acredito que o plano de operações desta gente não deve andar muito longe disto:

 

Narrativa: Se Portugal aprovasse o PEC IV não haveria nenhum resgate.


Verdade: Portugal já está ligado à máquina há mais de 1 ano (O BCE todos os dias salva a banca nacional de ter que fechar as portas dando-lhe liquidez e compra obrigações Portuguesas que mais ninguém quer - senão já teríamos taxas de juro nos 20% ou mais). Ora esta situação não se podia continuar a arrastar, como é óbvio. Portugal tem que fazer o rollover de muitos milhares de milhões em dívida já daqui a umas semanas só para poder pagar salários! Sócrates sabe perfeitamente que isso é impossível e que estávamos no fim da corda. O resto é calculismo político e teatro, como sempre fez.

 

Narrativa: Sócrates estava a defender Portugal e com ele não entrava cá o FMI.

 

Verdade: Portugal é que tem de se defender deste criminoso louco que levou o país para a ruína (há muito antecipada como todos sabem).
A diabolização do FMI é mais uma táctica dos spin doctors de Sócrates. O FMI fará sempre parte de qualquer resgate, seja o do mecanismo do EFSF (que é o que está em vigor e foi usado pela Irlanda e pela Grécia), seja o do ESM (que está ainda em discussão entre os 27 e não se sabe quando, nem se, nem como irá ser aprovado).

 

Narrativa: Estava tudo a correr tão bem e Portugal estava fora de perigo mas vieram estes "irresponsáveis" estragar tudo.

 

Verdade: Perguntem aos contabilistas do BCE e da Comissão que cá estiveram a ver as contas quanto é que é o real buraco nas contas do Estado e vão cair para o lado (a seu tempo isto tudo se saberá). Alguém sinceramente fica surpreendido por descobrir que as finanças públicas estão todas marteladas e que os papéis que os socráticos enviam para Bruxelas para mostrar que são bons alunos não têm credibilidade nenhuma? E acham que lá em Bruxelas são todos parvos e não começam a desconfiar de tanto oásis em Portugal? Recordo que uma das razões pela qual a Grécia não contou com muita solidariedade alemã foi por ter martelado as contas sistematicamente, minando toda a confiança. Acham que a Goldman Sachs só fez swaps contabilísticos com Atenas? E todos sabemos que o Eng.º relativo é um tipo rigoroso, estudioso e duma ética e honestidade à prova de bala, certo?

 

Narrativa: Os mercados castigaram Portugal devido à crise política desencadeada pela oposição. Agora, com muita pena do incansável patriota Sócrates, vem aí o resgate que seria desnecessário.

 

Verdade: É óbvio que os mercados não gostaram de ver o PEC chumbado (e que não tinha que ser votado, muito menos agora, mas isso leva-nos a outro ponto), mas o que eles querem saber é se a oposição vai ou não cumprir as metas acordadas à socapa por Sócrates em Bruxelas (deliberadamente feito como se fosse uma operação secreta porque esse aspecto era peça essencial da sua encenação). E já todos cá dentro e lá fora sabem que o PSD e CDS vão viabilizar as medidas de austeridade e muito mais. É impressionante como a máquina do governo conseguiu passar a mensagem lá para fora que a oposição não aceitava mais austeridade. Essa desinformação deliberada é que prejudica o país lá fora porque cria inquietação artificial sobre as metas da austeridade. Mesmo assim os mercados não tiveram nenhuma reacção intempestiva porque o que os preocupa é apenas as metas. Mais nada. O resto é folclore para consumo interno.

 

E, tal como a queda do governo e o resgate iminente não foram surpresa para mim, também não o foram para os mercados, que já contavam com isto há muito (basta ver um gráfico dos CDS sobre Portugal nos últimos 2 anos, e especialmente nos últimos meses). Porque é que os media não dizem que a bolsa lisboeta subiu mais de 1% no dia a seguir à queda? Simples, porque não convém para a narrativa que querem vender ao nosso povo facilmente manipulável (julgam eles depois de 6 anos a fazê-lo impunemente).

 

Bom, há sempre mais pontos da narrativa para desmascarar mas não sei se isto é útil para alguém ou se é já óbvio para todos. E como é 5ª feira e estou a ficar irritado só a escrever sobre este assunto termino por aqui. Se quiserem que eu vá escrevendo mais digam, porque isto dá muito trabalho.

 

Henrique Medina Carreira"

11
Mai11

Ai o enganador...

António Folhadela Moreira

"Ou Sócrates está a enganar os portugueses ou enganou quem nos emprestou dinheiro". A frase é de António Nogueira Leite, conselheiro económico do PSD, que cita uma entrevista de Poul Thomson em que o responsável do FMI garante que o Governo de Sócrates estuda uma redução da Taxa Social Única entre 8 e 12 pontos percentuais.

 

Confesso que não percebo a impossibilidade de Sócrates andar a enganar os Portugueses e quem nos emprestou dinheiro...

 

Em todo o caso, vindo a apreciação de quem vem devemos dar ouvidos. Poucos terão sido tão enganados por Sócrates como o PSD, eles lá saberão do que falam.

10
Mai11

Escolher um primeiro ministro... ou mais do que isso

Francisco Meireles

Apesar de Paulo Portas ter sido claramente o líder político que primeiro afirmou que Portugal precisava de uma solução pós-Sócrates, que é como quem diz com um outro PS, Pedro Passos Coelho decidiu vir tentar reduzir a escolha eleitoral à escolha do Primeiro-ministro.

 

A táctica é conhecida e não traz nada de novo. A não ser, claro está, para os jornalistas e formadores de opinião a quem interessa manter o statu quo. Para esses, subitamente, a questão mais relevante da actual pré-campanha é forçar o CDS a dizer se aceitaria formar uma maioria com o PS de Sócrates, na eventualidade de este ganhar as eleições.

 

Esta estratégia em que os meios de comunicação social se deixam enrodilhar, e que muito interessa aos partidos que se consideram "donos dos votos", consiste em explicar ao País que não tem escolha e que só podem verdadeiramente escolher em quem acreditam mais para Primeiro-ministro: ou num ou noutro. Apesar de esses mesmos meios de comunicação social depois se queixarem que não se discutem propostas... Aliás, sempre me pareceu pueril a forma como os entrevistadores tentam forçar os políticos a dizerem o que não querem, em directo, como se fosse a inteligência das suas perguntas que fosse alterar a realidade! Enfim...

 

Felizmente a grande maioria dos portugueses já terão percebido que tem muito mais escolha do que isso. Pelo menos a escolha de romper com uma tradição que nos trouxe até onde estamos. E isso implica votar diferente do habitual.

 

Por isso mesmo estou convicto que uma grande percentagem irá escolher "nunca mais ter de passar pela vergonha de ter de pedir a intervenção do FMI". E isso só pode significar um grande resultado para o CDS. E para Paulo Portas.

10
Mai11

Disponibilidade para governar com o FMI e a Teoria do Declaratário Normal

António Folhadela Moreira

No nosso direito civil vigora a tese segundo a qual uma declaração (negocial) deve ser entendida segundo a interpretação que dela faria um qualquer declaratário normal. É a chamada Teoria do Declaratário Normal.

 

Ora, cerca de 10 milhões de Portugueses, declaratários normais, pois claro, entenderam que a declaração do PM, de que não estava disponível para governar com o FMI, queria dizer o que efectivamente diz, ou seja, o ainda PM não aceitaria governar Portugal num contexto de ajuda externa monitorizada por credores.

 

Acontece que ficamos ontem a saber que o PM demissionário não entendeu as suas palavras com esse sentido normal.

 

Assim sendo, sobra-me a dúvida, o PM demissionário é um declaratário fora do normal ou é um declarante fora do normal?

10
Mai11

Manobras na casa branca... em directo

Francisco Meireles

José Sócrates é claramente um formidável político, que entende como poucos o poder da televisão. E usa-o despudoradamente para enganar os portugueses que ainda acreditam nele. Foi para esses que falou, eficazmente, ontem no debate com Paulo Portas. Ele sabe que para esses as coisas são verdade se forem repetidas vezes suficientes e com convicção q.b.; sobretudo na TV...

 

Estou convencido que esses portugueses poderão ser no máximo 30% do eleitorado (a acreditar nas sondagens e incluindo já os potenciais eleitores do bloco que acham que Sócrates ainda poderá ser PM).

 

Felizmente, por estas contas, restam pelo menos 70% dos eleitores que já sabem que não podem acreditar no que vai repetindo o primeiro-ministro demissionário.

 

Foi para estes que falou Paulo Portas. E bem. Creio que terá deixado claro que a "convicção" do candidato Sócrates não é suficiente para apagar as responsabilidades do PM Sócrates na situação actual. E isso era o mais importante, na tal perspectiva de que a TV é que determina as "verdades" - quem não viu o filme referido no título que o veja e perceberá tudo com maior clareza.

 

Apenas acho que PP podia encontrar uma fórmula mais clara para dizer o que faria no tal cenário PS+CDS.

Talvez não seja suficiente dizer que não seria coerente entregar os 78 mil milhões a quem trouxe o País até à situação actual.

Talvez fosse possível sublinhar que PS e PSD é que terão a principal responsabilidade de formar governo, se se confirmarem os resultados das sondagens.

Talvez fosse desejável assinalar que se os portugueses quiserem mesmo mudar e derem um resultado excepcional ao CDS, então outro galo cantará.

Talvez pudesse insinuar que se os portugueses o escolherem para Primeiro-ministro, PP esperará que os demais partidos retirem desse resultado as devidas conclusões e se disponham a apoiar ou integrar o seu Governo sem condições prévias.

Talvez devesse lembrar que foi o CDS quem primeiro pediu a Sócrates para sair, quem primeiro propôs um Governo dos três partidos, sem Sócrates, e quem mais claramente denunciou as políticas em que Sócrates continua a acreditar.

Talvez PP pudesse afirmar que Sócrates devia tirar todas as consequências do resultado eleitoral se não sair reforçado; é que a tese de que a culpa é da oposição só ganha se o PS subir eleitoralmente... tudo o mais são cantigas.

 

Ou talvez tenha ficado claro tudo isto.

 

Nós não somos parvos, mesmo se PS e PSD se esforçam por reduzir as nossas escolhas à opção entre Sócrates e Coelho para primeiro-ministro... (voltarei a este assunto).

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