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Rua Direita

Rua Direita

06
Jun11

Dados para reflexão

Miguel Botelho Moniz

 

O crescimento do CDS/PP nos distritos de Lisboa e Setúbal é de tal modo maior que o crescimento a nível nacional que creio que seria importante estudar o fenómeno para enteder as suas causas. O CDS/PP teve mais cerca de 60.000 votos globalmente. Destes, cerca de três quartos vieram de Lisboa e Setúbal. (Lisboa com mais de metade do total, sendo que o distrito representa apenas um quinto dos eleitores inscritos totais, e Setúbal com cerca de um quinto do total, sendo que o distrito representa apenas 7,5% dos eleitores inscritos totais.)

06
Jun11

Curta crónica duma grande campanha

João Távora

Tenho que aqui confessar, a par do sentimento de alívio de ver destituída a ruinosa troupe de José Sócrates, uma certa desilusão com os resultados do CDS: sem grandes euforias, eu esperava a eleição de mais dois ou três deputados, nomeadamente em Leiria e no Porto.
Este desfecho releva-nos para algumas realidades que julgo serem incontornáveis: a tendência bipolar do sistema político nacional, as débeis estruturas territoriais dum pequeno grande partido como o CDS, e Last but not least, a sua matriz suportada em honrosas Causas tendencialmente minoritárias: historicamente os sólidos valores cristãos nunca granjearam grande popularidade.  Definitivamente o sufocante Centrão não é o nosso espaço.
Reitero no entanto aquilo que aqui afirmei há dias: dadas as circunstâncias, fez-se uma espantosa campanha eleitoral… e o partido conta com um grupo parlamentar com valores de excelência. Os meus parabéns e votos de coragem a todos, que a hora é de pôr mãos à obra para recuperar Portugal.

 

Em estéreo

03
Jun11

Vamos ter saudades deste ministro

João Maria Condeixa

 

Era uma espécie de oráculo para José Sócrates (e vice-versa): quando olhávamos para ele sabíamos que roupa iria vestir o Primeiro-Ministro no dia seguinte (e vice-versa); quando o ouvíamos sabíamos o que nos ia dizer o Primeiro-Ministro no dia a seguir (e vice-versa ); quando o víamos na defensiva era porque o Primeiro-Ministro tinha feito asneira (e vice-versa); quando o víamos desmentir uma notícia era porque o PM tinha mentido no dia anterior (e vice-versa); quando falava sobre o freeport era porque a nuvem se adensava sobre o José Sócrates (e vice-versa); quando o ouvíamos na rádio ficávamos com a ideia que era o PM que estava a falar (e vice-versa).

 

Até ao seu aparecimento só se tinham registado duplas personalidades de um mesmo corpo. Este foi o seu inverso: uma única personalidade a viver dois corpos. Vai deixar saudades.

31
Mai11

Uma questão aritmética, uma causa patriótica

João Távora

 

(...) É essencial que o CDS-PP consiga eleger novos deputados em Lisboa, Porto, Aveiro, Braga, Setúbal, consiga reforçar a sua presença parlamentar em Santarém, Coimbra, Faro, na Madeira, em Viana. Consiga eleger novos deputados nos Açores, na Guarda, em Vila Real. Estes deputados são todos tirados ao Partido Socialista. E não são assim tão poucos, são muitos. Se nós não elegermos, quem elege é o PS. 

Faltou referir o caso de Leiria, que vem bem demonstrado no estudo do Expresso do passado fim-de-semana, Dr. Portas! (Em entrevista ao jornal i)

30
Mai11

Um caso chamado Passos Coelho

João Távora

Tenho para mim que o principal objectivo das eleições do próximo Domingo será atingido: evitar que a missão de resgate do país seja atribuída ao protagonista da sua consumada ruina.

 

O meu optimismo esbarra no entanto com um terrível receio de que Passos Coelho não possua arcaboiço para liderar a dramática e complexa empresa que se iniciará na segunda-feira, e que num fósforo porá à prova a sua firmeza e liderança, capacidade de motivar, gerar consensos e de enfrentar com firmeza as corporações conservadoras, os sindicatos avessos à mudança, e uma comunicação social sedenta de sangue, porque histórica e culturalmente comprometida com a quimera socialista.

 

É fácil reconhecer-se agora como foram injustificadas as acusações em tempos assacadas a PPC deste ser um produto comunicacional, muita parra e pouca uva ao pior estilo de José Sócrates. Antes pelo contrário: o actual líder do PSD gere uma frágil imagem, um discurso atabalhoado na forma e no conteúdo, sempre atrapalhado com as palavras que não conseguem explicar os estapafurdios argumentos soprados aos seus ouvidos por uma trágica assessoria.

 

Insisto, voltando à ideia com que iniciei este texto: a destituição de José Sócrates parece-me irreversível e será sempre uma boa notícia a 5 de Junho. Para sossegar o meu espírito inquieto, dir-me-ão os meus amigos sociais-democratas que um bom comunicador não é obrigatoriamente um bom governante. Mas se isso é verdade, certo é que o próximo executivo enfrentará um duro combate e exige uma liderança forte de excepcional desembaraço e carisma, qualidades que Pedro Passos Coelho tarda em revelar-nos. 

 

Em estéreo

30
Mai11

A demagogia de Passos

O Herdeiro de Baco

Passos Coelho assumiu ontem em campanha que se formar governo com o CDS não conseguirá cumprir a promessa de reduzir para dez o número de Ministérios no governo.

 

Ora, Passos sabia que a promessa que fez não era possível de ser cumprida.

 

Em primeiro lugar, porque segundo o próprio, sempre admitiu que convidaria o CDS para o governo, mesmo com maioria absoluta. logo, só por aqui, já era impossível cumprir esta promessa.

 

Depois porque acabar com o ministério da Agricutura ou juntar a Administração Interna com a Justiça são erros clamorosos.

 

Vejamos:

 

1 - Juntar o Ministério da Administração Interna com o da Justiça seria uma grande irresponsabilidade, nem que seja porque não poderá um Ministro andar preocupado com os problemas de segurança e dos policias, bem como com uma reforma neste sector, e preocupar-se também com a urgente e tão necessária e grande reforma do sector da justiça.

 

2 - Acabar com o Ministério da Agricultura quando em 2013 se vai renegociar o PAC em Conselho de Ministros europeu, sem termos um Ministro da Agricultura é um erro, sendo este sector um dos mais importantes para o nosso País.

 

Passos, sabia e sabe que não vai cumprir, assim tenta, já, mandar as culpas para o CDS...

 

será mesmo assim que quer começar uma coligação pós eleitoral? ou será mais um tiro no pé?

 

 

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