Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Rua Direita

Rua Direita

29
Mai11

Os economicidas

José Meireles Graça

Leio aqui que o edil Costa terá dito que "O problema do acordo é ser muito economicista."


O edil Costa está coberto de razão: o acordo é de facto muito economicista.

 

O balanço e contas da empresa em que trabalho são muito contabilísticos; o automóvel que conduzo é muito mecânico; e as cerejas que hoje comi à sobremesa eram muito frutadas.

 

Isto é tudo muito pacífico e por isso não nos vamos zangar. Porém, já não me parece tão pacífica a origem do Acordo - o facto de Costa e os colegas da generosa agremiação à qual pertence serem muito economicidas.

24
Mai11

Que muitos votos floresçam

José Meireles Graça

À esquerda, vai um grande griteiro: Não pagamos!


Do nosso lado, que assinou o MoU pelo estado de necessidade em que uma governação demencialmente suicidária deixou o País, reina sobre a renegociação da dívida um grande silêncio. É natural: ainda quase nada foi feito para começar a dar baixa dos itens constantes do cardápio triunviral, por o volume e a natureza das mudanças necessárias requererem uma legitimidade democrática fresca; e sem ver claro qual o real impacto das mudanças, por um lado, e a determinação e competência técnica e política de quem as vier a aplicar, por outro, será cedo para pensar em renegociar, de um lado e outro do balcão.

 

Acredito que quando historiadores futuros estudarem o nosso tempo hão-de, para além do jogo de forças e multiplicidade de factores que nos trouxeram até aqui, guardar um lugarzinho para análise da estranha mesmerização que Sócrates exerceu sobre um número considerável de pessoas, nem todas compradas com os benefícios a crédito que um Estado Social insustentável lhes propinou, e nem todas beneficiárias do negocismo que o Estado investidor promoveu.

 

O momento é assim de suspensão. Os credores, quando for, real e não apenas prospectivamente, claro que o serviço da dívida é sufocante, estarão tanto mais receptivos a uma renegociação "macia" quanto mais rigoroso e consistente for o Governo. O CDS, que não é refém do Poder Local, do Autónomo, nem do factual (este último, se calhar, também devia ser grafado com maiúscula) será parte importante da solução; e aos responsáveis do PSD, se vierem a liderar, como é natural que aconteça, conviria um CDS com uma grande força. Não espero que o entendam; espero que o eleitor o entenda.

18
Mai11

Ainda a redução da TSU

Victor Tavares Morais

Tem razão o CDS ao recomendar prudência na redução da TSU. Vai ser necessário muito cuidado para garantir equidade na aplicação da medida e eficácia nos resultados.

 

Por exemplo, são igualmente merecedoras deste mesmo incentivo, a carpintaria do Sr. José, situada na raia minhota e que emprega 10 trabalhadores, mas que vende essencialmente em Portugal em competição com as carpintarias de toda a Galiza, ou a maior exportadora nacional – a Petrogal?

18
Mai11

As (Des)Vantagens da Persistência

Tomás Belchior

 

PS - Programa de Governo de 2005

 

"Assumir uma reforçada ambição no desenvolvimento da produção de electricidade a partir de fontes renováveis, elevando significativamente a capacidade de produção e de ligação às redes a atribuir a estas fontes, garantindo estabilidade ao quadro tarifário destas energias."

 

PS - Programa de Governo de 2009

 

"São sete as linhas fundamentais de modernização estrutural que nos propomos prosseguir: i) liderar na revolução energética;"

 

"Concretizar estes objectivos passa por alavancar os progressos já alcançados e prosseguir uma estratégia para a energia centrada no aumento da produção eléctrica por energias renováveis."

 

PS - Programa Eleitoral 2011 (27 de Abril de 2011)

 

"O PS está bem consciente das suas tarefas principais na governação: [...] Promover o crescimento da economia, combater o desemprego e reduzir os factores estruturais de desequilíbrio externo, [...] desenvolvendo a aposta nas energias renováveis e na eficiência energética;"

 

"São claros os desafios estratégicos a que o Partido Socialista se propõe responder através da acção do seu próximo Governo: [...]Em segundo lugar, a consolidação da aposta nas energias renováveis e na eficiência energética, para combater e reduzir a nossa dependência energética do exterior, contrariando o desequilíbrio externo da nossa economia e reforçando o importante "cluster" industrial constituído nos últimos anos, numa área de elevada incorporação tecnológica e potencial exportador;"

 

FMI/UE/BCE - Memorando de Entendimento 2011 (3 de Maio de 2011)


"5. Mercados de bens e serviços

 

Mercados de Energia

 

Objectivos: assegurar que a redução da dependência energética e da promoção das energias renováveis é feita de uma maneira que limita os custos adicionais associados à produção de electricidade sob regimes especiais e normais (co-geração e energias renováveis)."

 

[Eu traduzo a tradução: a "aposta" nas energias renováveis custa mais dinheiro do que gera e agravou as necessidade de financiamento do Estado. Têm que acabar com a brincadeira.]

 

Ajuda Externa a Portugal (17 de Maio de 2011)

 

"Portugal deverá receber uma primeira tranche de "pouco mais" de 18 mil milhões de euros em finais de maio, início de junho."

 

Conclusão

 

O Primeiro-Ministro é um grande comunicador e muito combativo. O oposição é que provocou a crise. O programa de governo do PS é realista e ao mesmo tempo promove a auto-estima. O Engenheiro Sócrates é a escolha certa para nos tirar da crise. Vota PS.

17
Mai11

Jardim e o apertar do cinto

José Meireles Graça

Daniel Oliveira pinta mais um retrato de Alberto João Jardim. É um retrato incompleto - faltam, entre outras coisas e para compor o quadro, as realizações materiais de Jardim, a sua honestidade pessoal e a arquitectura constitucional e legal que ajuda, senão a desculpar, ao menos a explicar a bem sucedida e permanente chantagem de Jardim ao contenente. É também, provavelmente, excessivo e com extrapolações abusivas para a ecologia política nacional. Sucede que, em relação ao MoU e aos próximos tempos, Jardim já vai prevenindo que a Madeira se reserva um regime de excepção, por exemplo aqui. Não deve faltar quem ache que para domar a fera é melhor contar com bichos da mesma espécie. Não é o que eu acho - e o resto do raciocínio que o complete o leitor astuto.

17
Mai11

Em que é que ficamos?

Manuel Salema Garção

Então Senhor Engenheiro? existe uma tradução em português ou não? é que que eu não falo Inglês... Há não há, quase de certeza que sim que existe mas não dá a palavra... então uma coisa  tão importante para os portugueses e não está informado? parece que essa cabeça não anda mesmo nada bem... foi como no debate com Paulo Portas quando foi infeliz ao dizer que o partido ainda não tinha programa eleitoral! Oh Sr. Engenheiro, essa cabeça não anda mesmo nada bem... Ah já anda a treinar o Inglês como fez com o espanhol... só pode ser! Mas fora de "brincadeira", a vergonha continua e não tem fim...

16
Mai11

Porquê que Timo Soini não defende o regaste europeu?! Wall Street Journal

Nuno Wahnon Martins

Why I Don't Support Europe's Bailouts

Our political leaders borrow ever more money to pay off the banks, which return the favor by lending ever more money back to our governments.

When I had the honor of leading the True Finn Party to electoral victory in April, we made a solemn promise to oppose the bailouts of euro-zone member states. Europe is suffering from the economic gangrene of insolvency—both public and private. Unless we amputate that which cannot be saved, we risk poisoning the whole body.


To understand the real nature and purpose of the bailouts, we first have to understand who really benefits from them.

 

At the risk of being accused of populism, we'll begin with the obvious: It is not the little guy who benefits. He is being milked and lied to in order to keep the insolvent system running. He is paid less and taxed more to provide the money needed to keep this Ponzi scheme going. Meanwhile, a symbiosis has developed between politicians and banks: Our political leaders borrow ever more money to pay off the banks, which return the favor by lending ever more money back to our governments.

 

In a true market economy, bad choices get penalized. Instead of accepting losses on unsound investments—which would have led to the probable collapse of some banks—it was decided to transfer the losses to taxpayers via loans, guarantees and opaque constructs such as the European Financial Stability Fund.

 

The money did not go to help indebted economies. It flowed through the European Central Bank and recipient states to the coffers of big banks and investment funds.

 

Further contrary to the official wisdom, the recipient states did not want such "help," not this way. The natural option for them was to admit insolvency and let failed private lenders, wherever they were based, eat their losses.

 

That was not to be. Ireland was forced to take the money. The same happened to Portugal.

 

Why did the Brussels-Frankfurt extortion racket force these countries to accept the money along with "recovery" plans that would inevitably fail? Because they needed to please the tax-guzzling banks, which might otherwise refuse to turn up at the next Spanish, Belgian, Italian or even French bond auction.

 

Unfortunately for this financial and political cartel, their plan isn't working. Already under this scheme, Greece, Ireland and Portugal are ruined. They will never be able to save and grow fast enough to pay back the debts with which Brussels has saddled them in the name of saving them.

 

Setting up the European Stability Mechanism is no solution. It would institutionalize the system of wealth transfers from private citizens to compromised politicians and failed bankers, creating a huge moral hazard and destroying what remains of Europe's competitive banking landscape.

 

Fortunately, it is not too late to stop the rot. For the banks, we need honest, serious stress tests. Stop the current politically inspired farce. Instead, have parallel assessments done by regulators and independent groups including stakeholders and academics. Trust, but verify.

Insolvent banks and financial institutions must be shut down, purging insolvency from the system. We must restore the market principle of freedom to fail.

 

If some banks are recapitalized with taxpayer money, taxpayers should get ownership stakes in return, and the entire board should be kicked out. But before any such taxpayer participation can be contemplated, it is essential to first apply big haircuts to bondholders.

 

For sovereign debt, the freedom to fail is again key. Significant restructuring is needed for genuine recovery. Yes, markets will punish defaulting states, but they are also quick to forgive. Current plans are destroying the real economies of Europe through elevated taxes and transfers of wealth from ordinary families to the coffers of insolvent states and banks. A restructuring that left a country's debt burden at a manageable level and encouraged a return to growth-oriented policies could lead to a swift return to international debt markets.

 

This is not just about economics. People feel betrayed. In Ireland, the incoming parties to the new government promised to hold senior bondholders responsible, but under pressure they succumbed, leaving their voters with a sense of disenfranchisement. The elites in Brussels have said that Finland must honor its commitments to its European partners, but Brussels is silent on whether national politicians should honor their commitments to their own voters.

 

I was raised to know that genocidal war must never again be visited on our continent and I came to understand the values and principles that originally motivated the establishment of what became the European Union. This Europe, this vision, was one that offered the people of Finland and all of Europe the gift of peace founded on democracy, freedom and justice. This is a Europe worth having, so it is with great distress that I see this project being put in jeopardy by a political elite who would sacrifice the interests of Europe's ordinary people in order to protect certain corporate interests.


Mr. Soini is chairman of the True Finn Party in Finland.

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Contacto

ruadireitablog [at] gmail.com

Arquivo

  1. 2011
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D