O AMN saiu-se outro dia com uma frase que me pareceu muito apropriada e que é a seguinte: "as pessoas aceitam votar no PSD mesmo que discordem de quase tudo, ao passo que no CDS só aceitam votar se concordarem com tudo".
No meu entender esta afirmação já foi mais verdadeira noutros momentos políticos e espero que os resultados do CDS nos últimos atos eleitorais (e neste que se aproxima) sejam a confirmação disso mesmo.
Numa altura em que a nossa partidocracia enfrenta uma das suas maiores crises e em que a descrença dos eleitores na classe política atinge níveis críticos, é importante reafirmarmos, a cada dia e a cada um dos nossos familiares, amigos e conhecidos, a importância do voto.
Votar de acordo com a nossa consciência é, mais que um imperativo cívico como muitos gostam de afirmar, um ato de liberdade individual puro (ainda que seja para ir escrever frases mais ou menos escabrosas no boletim de voto).
O voto, como produto de uma análise individual, ponderada e racional, das escolhas possíveis, é o contributo de cada eleitor para o destino coletivo que, enquanto país que somos, nos coloca todos, ainda que relutantemente, no mesmo barco.
As eleições mais não são que o mecanismo possível para melhor determinar o tamanho e a carga do barco, a identidade do capitão, a rota e o porto destino.
Continuando com a analogia marítima, parece evidente que cada vez mais gente pensa que o CDS é o partido com melhores condições de conduzir o país a bom porto. E pensam isso ainda que discordem, como eu discordo, de uma ou outra tomada de posição do CDS ou que não gostem, como eu não gosto, de uma ou outra figura do CDS.
Seria importante que essas pessoas todas, que simpatizam com o CDS e partilham das ideias do CDS, votem CDS.
Muitos, e eu conheço alguns, irão votar CDS pela primeira vez.
A esses eu digo: pela primeira vez o seu voto será verdadeiramente seu e, pela primeira vez, será verdadeiramente útil.
Se forem suficientes, poderemos, realmente, começar a mudar o país.