Surpresa?
O Primeiro-Ministro que em 2009, com um défice de 7%, teve a coragem e a lata de se dirigir aos Portugueses e afirmar que merecia ser reeleito porque o seu governo tinha colocado as contas públicas em ordem, fez há pouco uma declaração ao país a enumerar os benefícios que o seu governo garantiu nas negociações do pacote de ajuda externa. O discurso manifestamente eleitoralista, sem qualquer sentido de estado no sentido de informar o país de algumas das necessárias medidas duras que terão de ser tomadas nos próximos tempos não deveria surpreender os mais atentos. O Primeiro-Ministro que atrasou o pedido de ajuda de modo a manter-se no lugar, custando ao país milhões de euros em juros de dívida, esteve igual a si próprio.