Feito
1. O Partido Popular tem uma grande vitória, aumentando 15% a sua representação parlamentar, e ainda mais significiativo, ultrapassando um estigma de 30 anos: conseguir aumentar a votação quando o PSD também o faz. Ou seja, derrotou o sentido de voto útil no seu parceiro. Isso pode ser determinante para o futuro da direita em Portugal, pese embora a infeliz estratégia do seu líder de tentar mostrar que é também de esquerda não assumindo claramente que é o partido de direita que ainda não existe, mas que o seu eleitorado, presente e futuro, deseja.
2. O PSD sobe e ganha. Com a boa novidade de apenas conquistar votos ao centro e à sua esquerda.
3. Sócrates, com um resultado inferior a Santana Lopes, ainda assim teve uma votação expressiva e generosa face ao desastre que foi o seu mandato e à situação de bancarrota em que deixa o país.
4. o PCP continua sólido e estável como o maior partido estalinista da Europa ocidental. O que nunca é boa coisa.
5. O BE, o partido anti-capitalista, que cavalgou a onda populista contra o capitalismo viu o mercado eleitoral reduzi-lo a 2 táxis. Está no bom caminho. E se «aprende mais com as derrotas do que com as vitórias», há que continuar a ensiná-lo.