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A forma como a extrema-esquerda está a explorar o acordo com a Troika é do mais panfletário que pode haver. Por um lado diabolizam o eventual empréstimo* a Portugal, espalhando aos quatro ventos que vai arruinar ainda mais o país, que o levará à miséria, e que tem por detrás a mão do imperialismo e da agiotagem internacionais. Por outro, classificam-no como uma salvação para o sistema financeiro, dando a entender que se trata de uma dádiva aos bancos (e não um empréstimo) a ser paga pelos contribuintes.
Tentar fazer passar a ideia que o acordo com a Troika é ruinoso para o país e um maná para os bancos - quando as condições de reembolso e de juros para o Estado e Banca serão idênticas - é um feito deveras extraordinário. Qualquer pessoa com o mínimo de discernimento percebe o contraditório de uma coisa destas. Mas o PCP e o Bloco de Esquerda sabem que estão a falar para muitas pessoas que têm menos de dois neurónios e não hesitam em recorrer à desinformação mais primária que há, unicamente com o propósito de cavalgar na bancarrota.
Para os ajudar contam com a tradicional boa imprensa e com o exército de 'comentadores' que enchem os programas televisivos** com tiradas absolutamente demagógicas, sem que ninguém seja capaz de lhes dizer de uma forma séria o que o FMI cá veio fazer.
Não há duvidas que, a verificar-se, o resgate financeiro a Portugal* acabará por beneficiar alguém. E ao contrário do que se diz não será a Banca, mas sim os partidos da extrema-esquerda.
* Carece de aprovação da Finlândia.
** O programa Eixo do Mal é disso exemplo.
Melhor exemplo era impossível: o deputado Ricardo Rodrigues, que há um ano roubou os gravadores dos jornalistas da revista Sábado, vai processá-los por danos não-patrimoniais sofridos e pedir uma indemnização de 35 mil euros.
É o mundo ao contrário em que o socialismo transformou Portugal: quem é roubado é que é processado. Casos não faltam, polícias que têm chatices por perseguir os bandidos, professores incomodados por repreender os rufias que habitam as escolas, e o pior de todos: juízes que, enrolados no imenso e garantístico emaranhado legal, raramente mandam para a cadeia quem deviam mandar porque pode alguma vírgula não estar no sítio.
Não é por acaso que Ricardo Rodrigues roubou dois gravadores à frente de um país inteiro e continua no posto de deputado como se nada fosse. É o exemplo acabado da impunidade absoluta.
Ou li mal o título, ou li bem e o Jornal entretanto retificou o erro. E é provável porque o texto foi actualizado na edição on-line às 23:51. De qualquer das formas fica a correcção da notícia: PSD ligeiramente à frente do PS, mas em maioria com o CDS.
Em Portugal parece que muito pouca gente reparou que na Finlândia está a aumentar oposição à ajuda financeira a Portugal e que o voto favorável deste país é tudo menos certo. Este devia ser o principal motivo de preocupação e de discussão, mas em vez disso parece ter-se assumido que o resgate é um facto certo e consumado.
Muitos poderão estar descansados porque confiam cegamente nas capacidades salvadoras do primeiro-ministro, que julgam ter acautelado um plano B para o caso de a Finlândia vetar a ajuda. Julgam mal. Sócrates é um eterno optimista e nunca em circunstância alguma se foca nas dificuldades e nas maçadas. Pelo contrário, em todas as situações explora a mentira inverdade, a ocultação dos factos, a propaganda mais manipuladora e o atirar de culpas para terceiros.
Se por um azar os finlandeses chumbarem a ajuda a Portugal, a culpa nunca será do Governo que irresponsavelmente não equacionou essa possibilidade. Será obviamente dos finlandeses, esses derrotistas catastrofistas, que se recusaram a ver as virtudes do primeiro-ministro português e lhe minaram o esforço hercúleo e patriótico para salvar o país da ruína provada pela Oposição.
Parece que não se conhece já a cartilha.
Uma das empresas do Regime Socialista - a Parque Escolar - para além de se ter transformado numa autêntica bomba-relógio orçamental (2,25 mil milhões de euros de dívida acumulada), espalhou pelo país várias escolas que serão um sorvedouro de dinheiro nos próximos anos. As escolas em causa, que têm feito as delícias da propaganda do PS, terão custos de manutenção astronómicos e condições ambientais e de conforto piores do que os restantes estabelecimentos de ensino. Já para não falar da qualidade de muitas das construções.
Mais um exemplo de como os socialistas são exímios em esbanjar o dinheiro do contribuintes, unicamente com propósitos eleitoralistas e de uma forma completamente irresponsável.
Há um certo déjà vu no ar. Ouvindo os socialistas parece que estamos em 2005 e nada se passou entretanto. Agora é que vai ser: relançamento económico, emagrecimento do Estado, reforma do Estado Social, etc. etc.. Belas palavras, tão belas que até o Plano de Austeridade parece fofinho.
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