Libertem Fernando Nobre
Em que masmorra da São Caetano terão agrilhoado Fernando Nobre? O homem não aparece, o homem não fala, o homem não passeia de autocarro, o homem não pede que lhe dêem tiros na cabeça.
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Em que masmorra da São Caetano terão agrilhoado Fernando Nobre? O homem não aparece, o homem não fala, o homem não passeia de autocarro, o homem não pede que lhe dêem tiros na cabeça.
O debate de hoje veio confirmar uma nova vocação de Jerónimo de Sousa, já identificada no debate anterior: o velho e simpático comunista tem-se revelado um óptimo parceiro de treino para os debates "a sério". Quando os motores ainda estão a aquecer, nada melhor que o bom Jerónimo pela frente para ganhar ritmo, fluência dialéctica e afinar o discurso.
Talvez não fosse má ideia para Jerónimo, em vez de ficar mais 4 anos na Assembleia da República a repetir a cassete de sempre, vestir a camisola das quinas e contribuir para o esforço patriótico de aumentar as exportações, oferecendo-se como challenger para treinos em debates eleitorais por esse mundo fora.
Alberto João Jardim lamentou o facto de Passos Coelho não ser uma espécie de António Aleixo da política, capaz de usar uma linguagem simples e popular.
Acontece que o discurso em serpentina de Passos Coelho não é a coisa que mais me inquieta naquele homem. Passos Coelho padece, já sabemos, da mesma incoerência esquizofrénica que define a própria essência de Sócrates: a 16 de Setembro de 2010, o mesmo homem que se mostrava (ah, a ironia) "indisponível" para aumentar impostos, exactamente o mesmo homem que tinha acordado birrento no dia 26 de Março deste ano e a choramingar que "até haver um novo PEC, não vou dizer se há ou não aumento de impostos", é precisamente o mesmo senhor que no passado domingo mandou o seu alter-ego garantir que, com o PSD, não haverá aumento de impostos. A não ser talvez uma "reestruturaçãozinha" do IVA. E mais outra em alguns escalões do IRS.
Agora imaginem-no na versão "disponível" para aumentar impostos.
Já nem mesmo o Júlio Isidro apresenta programas ao domingo.
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