O Mito da Igualdade de Oportunidades Socialista
Os socialistas gostam de pintar a sua pseudo-defesa do Estado Social como sendo a defesa de algo que (pensam eles) ninguém, no seu perfeito juízo, pode questionar: a igualdade de oportunidades. É uma declaração de intenções tocante. É pena é ser completamente falsa.
Vamos imaginar um cenário (muito) simplificado em que os portugueses se dividem em ricos, pobres e médios. Imaginemos também que os ricos têm mais oportunidades, os pobres menos oportunidades e os médios têm menos oportunidades do que os ricos, mais oportunidades do que os pobres e uma igualdade de oportunidades entre eles. Neste contexto, como é que um se poderia usar o Estado para promover a igualdade de oportunidades? Transferindo dinheiro dos ricos para os pobres, deixando os médios em paz.
Esta transferência dos ricos para os pobres é o que a maior parte das pessoas acha que o Estado Social faz. Mas, para um socialista, isto não chega. O que o Estado Social dos socialistas faz é transferir dinheiro de ricos, médios e pobres para um bolo comum, e depois trata de o distribuir de acordo com "critérios políticos".
Que critérios são esses? Os que forem necessários para ganhar eleições.
E qual é o resultado deste esquema? A igualdade de oportunidades? Não. Ainda há dias o coordenador de um estudo sobre as desigualdades sociais da Fundação Francisco Manuel dos Santos (PDF) resumia a coisa da seguinte forma: "Se pensarmos na Europa a 15, somos indiscutivelmente o país com maior nível de desigualdade e o que é trágico é que esta situação não se alterou de forma significativa nos últimos 15 anos."
O resultado deste esquema é simples: um memorando de entendimento.