Objectivos, promessas, privatizações, parcerias e o newspeak socrático
Ainda a propósito deste bota-abaixismo, o Primeiro-Ministro agora veio dizer que afinal o plano que ele tinha engendrado em 2000-2001 com o Mário Lino para privatizar a Águas de Portugal não era uma privatização, era uma "parceria estratégica". Uma parceria estratégica que "previa a entrada da companhia inglesa Thames Water no capital da AdP, através da EDP, que já era então uma companhia privada, e contemplava a futura dispersão de uma parte do capital em bolsa."
A melhor parte da notícia é a prestação do saudoso Mário Lino: "Confrontado com uma sua declaração à revista Visão em que afirmou, em Dezembro de 2001, que “já se está a privatizar “ a AdP, o ex-ministro das Obras Públicas do primeiro Governo de José Sócrates respondeu: “Era privatização porque era a entrada de um ente de direito privado, com capitais privados, no capital da Águas de Portugal. Foi no quadro de uma aliança estratégica e era uma participação de 10 por cento.”
Ou seja, para ver se isto fica claro, não era uma privatização porque era uma parceria estratégica. Mas era uma privatização porque era a entrada de empresas privadas na Águas de Portugal.
Como diria o Primeiro-Ministro: "toda a gente percebeu o que eu quis dizer quando disse isso".
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