Antecipar
Pragmaticamente, quanto mais cedo o Estado converter activos em dinheiro e repagar dívida, mais fácil se torna sair da espiral de dívida em que se meteu.
Se por um lado urge dinamizar a economia, crescer, aumentar as receitas fiscais e reformar, o certo é que os resultados demoram. Enquanto isso, os juros vao-se acumulando.
A Grécia vai ser obrigada a vender muitos dos activos que o Estado possui, mas agora sob enorme pressão, para realizar dinheiro rápido. E vai criar um fundo soberano para gerir a venda de património imobiliário.
Portugal tem que decidir rapidamente quais os activos que deve vender para evitar vende-los em desespero (nao me parece que a questao seja vender ou nao vender, mas sim vender quando e a que preço...).
Assim, urge decidir e discutir o que deverá Portugal e Estado Português se desfazer para realizar dinheiro e antecipar pagamentos de dívida (baixando o peso sempre crescente da dívida), isto claro indo além do que diz o MoU.
CTT, Aguas de Portugal, participação em portos e aeroportos, Carris, Transtejo, Metro, Refer e CP (nao fará sentido gerir os transportes de forma conjunta, poupando recursos e salários de inumeros gestores/boys?). Por outro lado, o inventário de imobiliário do Estado e a racionalização das rendas pagas também deverão ser tidas em atençao. Há muito que fazer, haja vontade...