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Rua Direita

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30
Mai11

A questão social

Ana Rita Bessa

Sempre me incomodou muito que a "esquerda" se arrogasse de deter este território: a legitimidade para o discutir, as respostas para o resolver e a moralidade para o defender. E ainda hoje me incomoda.

 

Não por ser a "esquerda", nem por efectivamente nunca se ter provado que o seu modelo funcione. Mas porque, por definição, a questão social é da sociedade, isto é, de todos, pluralmente. Desde a esquerda, à direita, passando pelo centro.

 

O que sim é justo dizer é que, da "esquerda" à "direita", se apresentam formas diferentes de olhar para questão e, portanto, de a abordar.

 

Por isto é que me senti tão identificada com o que vem escrito no Manifesto do CDS:

 

"O
 CDS 
não 
abandona 
a 
questão 
social
 à
 esquerda

 

O CDS não deixa o monopólio das questões sociais e o combate à exclusão social nas mãos da esquerda e extrema ‐ esquerda que não têm soluções realistas.(...) Numa altura de austeridade tem de haver uma ética social nas decisões do Estado que não ponha o
 esforço sempre sobre os mesmos. (...) 


A actual crise económica e social criou novos riscos de pobreza associados ao desemprego, ao endividamento excessivo e à desestruturação familiar‐
a acumular com os problemasexistentes.


Perante a aplicação das medidas de austeridade, impõese uma orientação segura de protecção de quem menos tem ou mais ajuda precisa; a consciência que as mesmas medidas têm diferentes
 impactos em situações diferentes.

 

Na actual conjuntura,
 é necessário consolidar e reforçar as políticas sociais, como forma de diminuir os efeitos da crise nos sectores mais vulneráveis da população e importa apontar novos
 caminhos.
 Mais inovadores e mais transformadores. Logo, é necessário inverter a lógica de algumas medidas de política social,desenvolvidas pelo estado central, na sua grande maioria baseadas numa abordagem
 “top down”. Porque as políticas locais envolvem a comunidade, são baseadas na sua dinâmica própria e fortalecemna."

 

Encontro aqui subjacentes alguns dos valores mais fortes da Doutrina Social da Igreja (nomedamante o "princípio da participação, "princípio da solidariedade", "princípio da subsidiariedade", "princípio do bem comum", just to name a few).

 

Achei (e acho)  importante e significativo que o CDS re-visitasse as suas raízes, e assim reforçasse (parte) da sua identidade.

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