De Laranjeira a 30 de Maio de 2011 às 10:59
Vamos andar sempre à volta desta questão porque interessa a PS e PSD estarem sempre a levantar dúvidas sobre o que o CDS fará. O PSD quer associar o CDS ao PS, tentando que algum eleitorado de direita seja sensível ao apelo do voto "útil". O PS quer meter "veneno" entre o PSD e o CDS para tentar que o CDS se coligue com os socialistas, em caso de vitória de Sócrates. Sócrates até tem elogiado o CDS nos últimos dias, mas trata-se obviamente de uma manobra cínica, porque se houver uma coligação pós-eleitoral PSD/CDS, será o CDS o alvo preferencial dos ataques dos socialistas, que tudo farão para virar os social-democratas contra Paulo Portas e o CDS. Exactamente como aquando da última coligação entre o PSD e CDS.
Acho muito arriscado que o CDS se coligue com o PSD. É uma situação que tem TUDO para correr mal. O PSD é um partido caótico, o Passos Coelho tem muito pouca autoridade no partido, não tem experiência política, o partido não se renovou e depois o CDS arrisca-se a ser penalizado por situações e políticas que não tem força para influenciar. É preciso que um partido democrático fique fora do próximo governo, senão qualquer dia o Louçã e o Jerónimo ganham as eleições.
O PSD e o PS é que gozaram à tripa forra estes anos todos portanto agora que dêem o corpo ao manifesto. Porque é que o CDS, que pouco ou nada se revê nesta III República, se há-de sacrificar pelo regime? Deixá-lo cair...
Caro Laranjeira
Vivemos actualmente uma situação crítica para o futuro de Portugal. E numa questão, penso que não restam dúvidas, José Sócrates é claramente parte do problema e não parte da solução.
Por isso, era crítico existir uma clarificação por parte do CDS em relação a uma não coligação com José Sócrates. E foi isso que aconteceu.
Em relação ao futuro, considero que o CDS tem que crescer e ganhar peso eleitoral. Só deste modo pode ter força para lutar para fazermos todos um Portugal melhor.
Um abraço
Partilho integralmente as dúvidas do Laranjeira, embora concorde também com o que diz Francisco Belo. A diferença estará no resultado do CDS.
Se o CDS tiver 18% ou mais e o PSD apenas 35%, então haverá hipóteses de obrigar o PSD a ser razoável; se o PSD tiver um resultado superior, à custa do CDS, então voltaremos ao habitual. Infelizmente.
Francisco, as dúvidas são legitimas. Eu acredito que o CDS pelas ideias que defende e pelas pessoas pode contribuir para "dar a volta" por cima à situação que Portugal está a viver.
Mas para isso é importante ter um resultado forte nestas eleições.
Estas eleições são especiais. Ou Portugal deixa de ser socialista ou vamos entrar em colapso económico. A ajuda externa permite uma continuidade de tesouraria enquanto o Estado se retira da economia. Com o Sócrates não conseguimos e sem o CDS o país não consegue.
Se isto não resultar não existe um depois.
Comentar post