Em campanha no Diário Económico
Na 6ª feira passada
A higiene da educação socialista
Não há papel higiénico nas escolas. Os professores, sem saber como resolver o assunto do rabo sujo dos meninos, pedem aos alunos que tragam dinheiro ou papel higiénico de casa, ou os meninos vão para casa com o rabo sujo. Tem sido assim em centenas de escolas do país.
Sem gráficos, estudos, análises, opiniões ou mais complicações, esta evidência, esta realidade sórdida, revela com exactidão o retrato da Educação em Portugal: as escolas públicas nem sequer têm meios para limpar os rabos dos meninos. As escolas públicas que funcionam bem (e há muitas), devem-no ao profissionalismo e à dedicação de muitos professores, directores e auxiliares. O Governo, por seu lado, cumpre a função de ir destruindo o ensino público. Não existe mobilidade social na Educação em Portugal, temos uma das maiores taxas de abandono escolar da OCDE e o Governo confunde ensino público, serviço público de educação – a única ferramenta que os mais pobres têm para melhorarem as condições de vida -, com escolas do Estado, com ensino do Estado. O Estado, senhores do PS, não tem de ensinar; o Estado tem de promover, garantir, incentivar, regular o ensino e assegurar que os mais desfavorecidos o recebam com qualidade ensino, usando os nossos impostos e através de contratos de associação e de maior autonomia das escolas. Pelo menos na educação o PS podia não ser o partido dos ricos.