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Francisco Louçã acha que o investimento público é que vai criar emprego. Não sabe é onde vai arranjar o dinheiro para o pagar. Acho que já vi este filme algures.
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Francisco Louçã acha que o investimento público é que vai criar emprego. Não sabe é onde vai arranjar o dinheiro para o pagar. Acho que já vi este filme algures.
Pessoalmente, acho que o debate Passos-Portas se saldou por um empate – porque o CDS ainda nao apresentou o seu programa e porque para mim devia deixar cair a guerra à TSU, cuja redução será uma medida incontornável para qualquer futuro governo. A proposta sobre a AR, que é interessante, tem muito de irrealista - aí PPC esteve bem - pelo que nao é verdadeiramente convincente.
Mas nao quer dizer que nao percepcione que, para o comum das pessoas, Portas ganhou. Por aqueles factores de ordem mais emocional: foi mais assertivo e confiante, mais “politico" do que um Passos que volta e meia acusa mesmo a inexperiencia nestas lides.
No exemplo que Paulo Portas deu sobre a maioria absoluta o PSD teria 23% e o CDS 23,5%
Para o PSD conseguir esse resultado talvez fosse melhor começar a pedir ao Dr. Catroga, ao Dr. Miguel Relvas, ao Dr. Veiga, entre outras personalidades, que prestem um bom seviço ao seu partido duma forma muito simples: não dêem entrevistas, não façam declarações, no fundo, não falem com ninguém!
Para o PSD conseguir esse resultado convinha que o PSD não fosse oposição a si mesmo.
Paulo Portas fixou um objectivo muito difícil ao PSD.
O debate foi, no geral, muito chato: os dois andaram a estudar a matéria (sabem que o bébé cianosado lhes vai cair nos braços) e por isso discutiram a terapêutica, concordando no diagnóstico. Deixaram bastante em paz o obstetra responsável pelo desastre, certos de que vai ser proibido de exercer Medicina. O médico Portas pareceu-me mais seguro, mas a família está hesitante - o clínico Passos tem mais clientela, sobretudo no sector público.
São duas palavras que, do meu ponto de vista, sintetizam a prestação de Paulo Portas no debate com Passos Coelho e, em particular, os dois pontos que, para mim, dele se destacam:
(a) Perante o raciocínio em ciclo vicioso de Passos Coelho de que é ao PSD que cabe liderar o próximo Governo e que, para isso, precisa de uma ampla votação, a demonstração de que uma opção maciça dos eleitores pelo CDS não prejudica (antes pode favorecer) o derrube de Sócrates. Ilustrada pelo cenário de 23% de votos no PSD e 23,5% no CDS, assistimos a uma claríssima refutação - aliás, sem resposta - da tese do voto pretensamente útil. Daí o desassombro;
(b) A clarificação de que o essencial, no que respeita à representação política, estará na proporcionalidade na conversão dos votos em mandatos e não tanto no número de deputados total na Assembleia da República. Aí reside a desmistificação (e a certidão de óbito?) daquele que vem sendo apontado como um dos temores recorrentes daqueles que se revêem no CDS.
Isto exposto - e não é pouco, já que aqui vai ínsita a assunção do CDS como uma alternativa real -, a consistência da linha de actuação e do caminho proposto pelo CDS tomaram forma no próprio debate, restando, apenas, uma dúvida, que Passos Coelho não esclareceu: se não era o CDS, quem seria, então o «pau de cabeleira»?
TSU, TSU, TSU, juntas de freguesia, lei eleitoral. Muito pouco.
Portas ganhou!
Se dúvidas houvessem, este debate esclareceu-as: Passos Coelho é fraco e está a fazer uma campanha "cata-vento", lançando medidas pouco claras que depois vai adaptando ao sabor das criticas.
A posição sobre a TSU é um óptimo exemplo.
Saberia o que dizer deste debate...
A ideia de cortar a TSU durante uma legislatura é mais uma batota à Sócrates: aumenta-se já o IVA sob o pretexto da TSU, recebe-se a receita à cabeça e não há efeito imediato na competitividade...
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