Nas sondagens, que devem estar a fazer um esforço louco para "corrigir" o efeito de rejeição ao Governo que as sondagens não captam. Na verdade, a percentagem de respostas às sondagens mantém-se muito baixa (a última da intercampus era de apenas 44,4%) havendo mais de 50% dos entrevistados que se recusa a responder.
Toda a gente percebe, basta "andar por aí", que nem mesmo os socialistas vão todos votar no PS, por causa da rejeição ao Governo e mais especificamente ao PM.
Toda a gente percebe que muita gente não encontra alternativas à esquerda, pelas mais diversas razões.
Toda a gente percebe que muita gente ainda não decidiu à direita; ou porque o PSD não convence ou porque o CDS, apesar de convencer, representa um salto muito grande. No entanto, cada vez são mais as pessoas que percebem o slogan do CDS: ESTE É O MOMENTO!
O que significa, na minha modesta opinião de não-especialista, que o CDS vai beneficiar de um crescimento natural, orgânico que o fixará no patamar dos dois dígitos; talvez 12, talvez 13%.
Mais importante, porém, creio igualmente que o CDS irá beneficiar de muito voto de protesto; protesto contra a actual situação, protesto contra o percurso que nos trouxe até aqui, protesto contra a falta de verdade no percurso recente, protesto contra a falta de mérito de alguma oposição, protesto contra a falta de credibilidade de muitos dirigentes e percursos partidários. Esse voto de protesto, sinto-o, irá dar um resultado histórico ao CDS. E se isso assusta o PSD, não deixa de ser um erro perseguir o voto útil à direita quando à muito voto desiludido ao centro e sobretudo ao centro esquerda. Se os dirigentes do PSD persistirem neste erro, acabarão por impedir a votação massiva na direita (PSD+CDS) que a situação e o discurso negacionista de Sócrates impõe e merece. Mas não conseguirão evitar o resultado histórico do CDS.
Quem me avisa meu amigo é. Faço-o agora para que depois não se diga que não o fizemos.