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Rua Direita

Rua Direita

07
Jun11

Sou óptimo para despedidas

João Maria Condeixa

Contrariamente à maioria das pessoas, eu sou muito bom na altura das despedidas. Muito bom, mesmo! Tenho sempre um "até logo" para deixar. Quero isto dizer que nunca me despedi de ninguém em definitivo. E com o Rua Direita vai-se passar o mesmo.

 

Gostei de andar por esta rua, de me cruzar diariamente com pessoas cuja cor dos olhos e o tom de pele nunca vi. Sei que vou ficar com a caixa de e-mail mais aliviada - sim, porque para quem não sabe, fica a saber: nós habitantes desta rua somos meninos para produzir cerca de 150 mails por dia, por vezes, 151, sem tocarmos no nome de José Sócrates e sem nos queixarmos muito disso - mas com isto não quero dizer que não venha a sentir falta das conversas que por aqui tivemos.

 

Foi um orgulho e acho, muito sinceramente, que atingimos parte do que nos propusemos. Pelo menos discutimos bastante e passámos um exemplo que os partidos também deveriam perfilhar: numa mesma casa podem conviver e discutir, sem carneirismos, opiniões várias, sem originar exclusões ou perda de identidade. Onde o poder não corrompeu, esse exercício salutar é possível. Felizmente, daquilo que conheço, o CDS é o partido que mais se aproxima desta utopia.

 

E agora se não se importam, vou voltar ao trabalho. Até logo!

06
Jun11

Comentário final

Pedro Gomes Sanches

1. O resultado eleitoral, esta noite, é um excelente resultado para o país. O país soube penalizar quem foi responsável pelo estado a que Portugal chegou e soube voltar-se – como sempre o faz quando a situação é mais crítica – para o lado certo. Soube ainda distribuir os votos com sensatez e exigir compromisso e convergência entre dois partidos diferentes, aproveitando a força e a dimensão de um e a capacidade de trabalho, coerência e razão do outro. Ao país será exigido mais sacrifícios; e ao governo será exigido mais trabalho, maior entrega, pleno serviço ao bem comum. Não há margem de erro. Não há lugar a experimentalismos. Não há lugar a investimentos públicos de grande dimensão. Não há lugar à cedência a pequenos ou grandes interesses que comprometam as melhores soluções. Portugal espera o melhor, e espera os melhores.

 

2. O resultado do CDS, neste cenário, é um resultado extraordinário. O CDS cresce percentualmente, cresce em número de votos e cresce em número de deputados. E isto, por si só, já seria excelente, não fosse o facto de estarmos a atravessar um momento tão crítico da história política democrática como aquele que vivemos. A pressão para o voto útil no PSD - o candidato natural, neste momento da história da democracia portuguesa, à liderança do governo por alternativa ao PS – com o argumento da necessidade de um vitória inequívoca e do afastamento definitivo de José Sócrates da frente dos destinos do país e ainda com o fantasma do empate técnico (que se mostrou mais uma falácia, que merecia apuramento de responsabilidades) sempre a pairar sobre o debate, torna este resultado num feito admirável e um resultado extraordinário. O CDS, numas eleições em que o PSD tem mais meio milhão de votos que nas últimas eleições, cresce também 60.000 votos. Este crescimento dos dois partidos à direita é pouco comum e seria admissível que o CDS pudesse diminuir a sua votação. Tal não aconteceu e há algumas considerações que importa fazer. Primeiro, o CDS apresenta uma tendência de crescimento sólida, assente na razão e no trabalho. Parece-me que não diminui a sua votação em nenhum distrito, o que vem corroborar a tese de que não  há eleitores do CDS arrependidos do seu voto. Depois, reforça a sua votação em território urbano, aumentando a sua representação em Lisboa e Setúbal, mas reforça, também, a sua votação em bastiões da esquerda, como o Alentejo, crescendo em Beja, Évora e Portalegre! Isto deve ser convenientemente avaliado pela direcção do partido. Sobre isto – e não é este o tempo de o fazer – o CDS deverá reflectir muito atentamente. O CDS é hoje um partido de centro direita, com uma equipa competente e uma liderança fortíssima, com capital de confiança junto dos portugueses. Tem de estar à altura disso, do que se espera da equipa, do que se espera da liderança e do que se espera de um partido… de centro direita!

 

3. O resultado do Rua Direita é extraordinário. Parabéns Adolfo! Parabéns Inês! Muito me honra ter tido a oportunidade de partilhar este espaço convosco.

03
Jun11

Voto Verdadeiro... por todos, por Portugal!

Filipe Diaz

Domingo chega o momento em que avaliaremos a verdade dos últimos anos de governação, o momento em que decidiremos a verdade dos próximos anos, o momento em que votaremos para traçar a verdade do rumo do nosso país.

 

E nesse momento de verdades, as discussões a que assistimos nas últimas semanas sobre a utilidade do nosso voto são inúteis, pois o voto que deixarmos nas urnas só será útil se for...

 

... reflectido, por ter em conta o passado e as propostas apresentadas por cada um dos partidos!

 

... ponderado, por atender ao trabalho dos seus líderes e dirigentes e à coerência das suas posições!

 

... altruísta, por corresponder à opção que cremos ser melhor todos! 

 

... verdadeiro, por traduzir uma oportunidade única em que, em consciência, olhando aos nossos valores, princípios e convicções, podemos, cada um de nós, com sinceridade, fazer ouvir a nossa voz e fazer a diferença no nosso destino comum! 

 

Este é momento, por todos, por Portugal!

03
Jun11

Este é o momento.

Ana Rita Bessa

Há uns tempos atrás visitei, na Biblioteca Nacional, uma exposição do espólio pessoal da Sophia de Mello Breyner.

 

Num dos seus escritos (de 1969), dizia:

 

"Entrei nesta campanha eleitoral para ajudar a modificar um sistema político e social que em minha consciência considero injusto.

A situação portuguesa é grave e urgente. Por isso, não podemos trabalhar apenas para a política do futuro. Temos que conseguir uma política para já. Temos que tentar conseguir já tudo aquilo que possa ser conseguido já".

 

Hoje, em 2011, revejo-me muito nestas afirmações. Na gravidade da situação, na necessidade de me envolver numa mudança consequente, na urgência de resolver o "já", sabendo que para isso, será preciso adiar algumas ideias (e ímpetos de grandes reformas)  para o futuro.

 

Como digo na biografia neste blog, não sou filiada no CDS. Mas encontrei aqui estas linhas fundamentais que me movem.

E um espaço plural, onde me encaixo e que me encaixa.

 

Sinalizar o sentido de voto é uma exposição com muitas consequências. Acho que só se faz por convicção. Para mim, "este é o momento".

03
Jun11

Voto útil!? Depois não se queixem...

Francisco Meireles

Andam por aí umas pessoas, com um ar muito sério de quem pondera razoavelmente os problemas, a afirmar que vai votar PSD, apesar de achar que o CDS merece, com o argumento de que é importante que o PSD ganhe claramente as eleições. Para essas pessoas, não o escondem, o mais importante é garantir que Portugal MUDA.

 

Vinha apenas lembrar a essas pessoas que se insistirem em fazer essa escolha, depois não tem o direito de se queixar.

 

O PSD há muito que não consegue esquecer o que é: uma máquina de ocupação do sistema e de distribuição de cargos. A forma do PSD fazer política é "mais do mesmo", porventura norteado por outros amigos e outros interesses.

 

A essas pessoas queria apenas lembrar que, daqui a 2 ou 3 ou 4 anos, não terão o direito de se mostrar desiludidas com Passos Coelho. Ele já demonstrou do que (não) é capaz, com este PSD. Não haverá surpresas, para essas pessoas, nem para este PSD.

 

Mas há alternativa. Mesmo para essas pessoas. É apenas votar em quem sabem que merece, em quem reconhecem consistência, coerência e competência. Não é preciso inventar. Basta MUDAR, para Portugal começar a MUDAR.

 

Este é o momento. Portugal merece uma oportunidade!!!

31
Mai11

Sentir-se à esquerda do PSD ou não, eis a questão

Francisco Meireles

Paulo Portas afirmou, numa entrevista recente, que "em certas matérias sociais se sentia à esquerda do PSD". A afirmação tem causado polémica mais do que suficiente, pelo menos na blogoesfera.

 

Mas será que merece assim tanta atenção? NÃO. Por várias e boas razões.

 

Primeiro. Se há batalha que o CDS venceu nos últimos anos, foi a de demonstrar que as "preocupações sociais", a defesa do "social" ou do "Estado Social" não são propriedade de nenhuma esquerda. Isto é um adquirido, não é matéria de opinião. O que difere, são as soluções propostas. Aí sim, aí é que há matéria de opinião; e, quanto a mim, as soluções democrata-cristãs são indubitavelmente superiores.

 

Segundo. Estamos inseridos numa batalha eleitoral. Uma das mais importantes da democracia portuguesa, visto que está em causa rejeitar uma certa forma de fazer política e de conduzir o País, que nos trouxe à situação calamitosa em que estamos e que nos vai custar muito a resolver, durante muito tempo. Neste contexto, a batalha discute-se ao centro - que, salvo melhor opinião, era onde o PSD a devia estar a fazer; por razões próprias, porventura legitimas, Pedro Passos Coelho resolveu fazer uma deriva à direita. Quanto a mim, ainda bem, desde que se venha a provar que o PSD vai mesmo enveredar por essa via (o que não está nada adquirido). Até lá, contudo, nada impede que o líder do CDS se situe perante os eleitores com base nos seus "sentimentos".

 

Terceiro. Ainda bem que o fez, porque convém que alguém - e o PSD não o tem estado a fazer - dispute o eleitorado de "centro" e de "centro-esquerda", que também sente que precisa de rejeitar o autor da política calamitosa que nos trouxe de mão estendida ao FMI. Não é por o estar a fazer, e bem, que o CDS renega as suas origens nem muito menos a sua prática política de sempre e em especial dos últimos anos. A consistência das posições que tem defendido estão aí para o provar.

 

Quarto. Por muito que a esquerda se sinta proprietária das preocupações sociais, a verdade é que não o é. Por muito que o CDS recorra a sentimentos ditos de esquerda, a verdade é que eles não o são. As preocupações sociais, ou com os mais desfavorecidos, não são de direita, nem de esquerda, nem cristãs, nem islâmicas: são das pessoas. E portanto dos partidos que as pessoas fazem e organizam. O que poderá ser de direita, ou de esquerda, são as soluções que dêem corpo a essas preocupações. E aí é que se vê se o CDS é de direita ou não; não é nos sentimentos do seu líder.

 

Quinto. Por último que não de somenos. Não caíamos nós num qualquer neo-fundamentalismo em que afirmar "sentir-se à esquerda do PSD" signifique "estar à esquerda". Por muito que isso interesse a alguns. Por muito que isso choque outros. Não é nos títulos que se vê os méritos, nem das pessoas, nem das instituições, nem muito menos dos seus comportamentos e atitudes. Cair nessa esparrela é fazer um favor a esse engenheiro das Beiras que anda por aí a tentar enganar meio mundo para se manter no poder. Mesmo que possamos considerar infeliz a frase polémica.

30
Mai11

N Ã O

Francisco Meireles

Para quem ainda tivesse dúvidas, aqui está a posição de Paulo Portas sobre uma eventual coligação com o PS de Sócrates, pós 5 de Junho

 

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/legislativas-2011/nao-faco-coligacao-com-socrates

 

Com toda a clareza.

 

Mais importante, na minha opinião, é o que Paulo Portas diz sobre as explicações para o "empate lírico" das sondagens e o bloco central.

 

Enfim, espero que as dúvidas tenham sido esclarecidas, para quem insistia, e que agora encontrem melhores desculpas, se realmente precisam delas.

24
Mai11

Finalmente, começa a aparecer o bom senso

Francisco Meireles

Nas sondagens, que devem estar a fazer um esforço louco para "corrigir" o efeito de rejeição ao Governo que as sondagens não captam. Na verdade, a percentagem de respostas às sondagens mantém-se muito baixa (a última da intercampus era de apenas 44,4%) havendo mais de 50% dos entrevistados que se recusa a responder.

 

Toda a gente percebe, basta "andar por aí", que nem mesmo os socialistas vão todos votar no PS, por causa da rejeição ao Governo e mais especificamente ao PM.

 

Toda a gente percebe que muita gente não encontra alternativas à esquerda, pelas mais diversas razões.

 

Toda a gente percebe que muita gente ainda não decidiu à direita; ou porque o PSD não convence ou porque o CDS, apesar de convencer, representa um salto muito grande. No entanto, cada vez são mais as pessoas que percebem o slogan do CDS: ESTE É O MOMENTO!

 

O que significa, na minha modesta opinião de não-especialista, que o CDS vai beneficiar de um crescimento natural, orgânico que o fixará no patamar dos dois dígitos; talvez 12, talvez 13%.

 

Mais importante, porém, creio igualmente que o CDS irá beneficiar de muito voto de protesto; protesto contra a actual situação, protesto contra o percurso que nos trouxe até aqui, protesto contra a falta de verdade no percurso recente, protesto contra a falta de mérito de alguma oposição, protesto contra a falta de credibilidade de muitos dirigentes e percursos partidários. Esse voto de protesto, sinto-o, irá dar um resultado histórico ao CDS. E se isso assusta o PSD, não deixa de ser um erro perseguir o voto útil à direita quando à muito voto desiludido ao centro e sobretudo ao centro esquerda. Se os dirigentes do PSD persistirem neste erro, acabarão por impedir a votação massiva na direita (PSD+CDS) que a situação e o discurso negacionista de Sócrates impõe e merece. Mas não conseguirão evitar o resultado histórico do CDS.

 

Quem me avisa meu amigo é. Faço-o agora para que depois não se diga que não o fizemos.

16
Mai11

Ler os outros

Diogo Duarte Campos
13
Mai11

Desmistificação e Desassombro

João Lamy da Fontoura

São duas palavras que, do meu ponto de vista, sintetizam a prestação de Paulo Portas no debate com Passos Coelho e, em particular, os dois pontos que, para mim, dele se destacam:

 

(a)    Perante o raciocínio em ciclo vicioso de Passos Coelho de que é ao PSD que cabe liderar o próximo Governo e que, para isso, precisa de uma ampla votação, a demonstração de que uma opção maciça dos eleitores pelo CDS não prejudica (antes pode favorecer) o derrube de Sócrates. Ilustrada pelo cenário de 23% de votos no PSD e 23,5% no CDS, assistimos a uma claríssima refutação - aliás, sem resposta - da tese do voto pretensamente útil. Daí o desassombro;

 

(b)   A clarificação de que o essencial, no que respeita à representação política, estará na proporcionalidade na conversão dos votos em mandatos e não tanto no número de deputados total na Assembleia da República. Aí reside a desmistificação (e a certidão de óbito?) daquele que vem sendo apontado como um dos temores recorrentes daqueles que se revêem no CDS.

 

Isto exposto - e não é pouco, já que aqui vai ínsita a assunção do CDS como uma alternativa real -, a consistência da linha de actuação e do caminho proposto pelo CDS tomaram forma no próprio debate, restando, apenas, uma dúvida, que Passos Coelho não esclareceu: se não era o CDS, quem seria, então o «pau de cabeleira»?

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