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Rua Direita

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16
Mai11

O cluster ministerial do PSD

João Maria Condeixa

O PSD pretende que um mesmo ministro - sem fusão de ministérios - tenha sob sua tutela directa as pastas da Agricultura, Pescas, Ordenamento e Ambiente. E um dos argumentos usado por PPC é que assuntos conflituantes - e deu como o exemplo o ambiente vs agricultura, que de facto existe e é muitas vezes um grande entrave para qualquer das partes - poderiam passar assim a ser resolvidos por uma só pessoa. 

Ora vamos ao erros que encontro nesta lógica:

 

1) Com um Ministro a acumular funções, sem que exista uma fusão em concreto, pouco ou nada se poupa, pois o grosso da despesa continua a existir. Assim, sobrecarregou-se uma pessoa, um gabinete, mas em termos de ministérios tudo se manteve. Lá se foi o argumento da poupança.

 

2) Com um mesmo Ministro a gerir assuntos que entrem em conflito teremos sempre uma parte prejudicada, pois no Conselho de Ministros há espaço para a negociação e um Ministro pode encontrar o seu contrapoder. Mas se a decisão lhe cabe exclusivamente a si, isso não acontecerá e temo que saia, tendencialmente, um sector beneficiado, nem que seja por empatia, em detrimento de outro.

 

3) Qualquer um dos sectores tem especificidades únicas. Se nunca entendi porque raio se colocam as "Pescas" no Ministério de Agricultura não seria agora que entenderia que fossem agrupadas neste cluster ministerial junto com o ambiente e ordenamento do território. Alguém ficará esquecido.

 

4) Um Ministro da agricultura tem a seu cargo complicadas negociações a nível europeu e deverá acautelar as respectivas execuções. No momento em que se prova o atraso que o PRODER leva e o que isso tem custado ao tecido agrícola, sobrecarregar um Ministro não me parece a decisão mais acertada.

 

5) Por último e o ponto que interessa sobretudo a Sócrates: quem tomará conta daquelas ventoinhas que fazem tão bem ao ambiente?

11
Mai11

Catroga e a política

José Meireles Graça

Acabou a entrevista de José Gomes Ferreira a Catroga. No momento em que estamos, é impossível, mais ainda do que o habitual, falar de economia sem falar de política porque o que nos vai ou não vai tirar do buraco em que estamos são escolhas políticas. Eu sei que falar com simplicidade e de forma acessível sobre assuntos naturalmente complicados costuma ser exercício em que os técnicos naufragam. Sobre o que ele realmente disse disse não me pronuncio - não percebi aí um terço, tenho medo de ser o terço relevante.

11
Mai11

O que eu gostava de ver nos debates...

Francisco de Almeida

Passados já três debates, fico com a sensação de que falta qualquer coisa.

 

Passa-se muito tempo a criticar o actual governo e o candidato José Sócrates e muito pouco a falar do que eu considero essencial: as medidas concretas que cada um pretende aplicar, o impacto dessas medidas no país e nos Portugueses, e sobretudo, como é que cada um dos candidatos pretende dinamizar o crescimento da nossa economia.

 

Não se iluda quem acredite que o programa de governo está definido pela Troika. O acordo exprime linhas orientadoras para contenção de custos e aumento de receita do estado. Falta a transformação de muitas dessas linhas orientadoras em medidas concretas, e a capacidade de implementação dessas mesmas medidas. Falta também, a definição clara dos mecanismos que vão sustentar o crescimento económico, que não me parecem estar tão explícitos no acordo.  É nisto que importa avaliar os candidatos a Primeiro Ministro.

 

A crítica ao governo e a José Sócrates é, na minha opinião, uma infeliz manobra de diversão. É obviamente importante avaliar o trabalho feito por este governo, mas, o fraquíssimo trabalho por ele realizado nos últimos 6 anos, e a triste figura do actual PM são tão óbvios que até comentadores internacionais que olhem brevemente para Portugal o constatam com alguma facilidade. Continuar a "bater no ceguinho" vai permitir dar ao "ceguinho" exactamente o que ele quer: Por um lado, a pena do povo alimentando o seu argumento do "coitadinho"; Por outro, desviar a atenção das medidas concretas propostas por cada partido, alimentando o seu segundo argumento, o de que "estão todos a contribuir para uma crise política mas ninguém propõe nada melhor do que eu para nos tirar da actual situação".

 

Eu acredito que não há qualquer tipo de racionalidade em dar um voto que seja ao Sócrates. Quanto mais rápido os partidos assumirem isto e deixarem de lutar activamente contra a ideia de que José Sócrates pode ser reeleito, mais rápido vamos poder assistir a discussões mais construtivas sobre o que de facto é importante para todos nós: como é que pretendem tirar-nos desta "alhada". 

 

08
Mai11

Pela metade

Victor Tavares Morais

Ontem ficámos a saber pelo Expresso que o PSD quer reduzir a metade os custos do TGV, quer também retirar metade dos canais de sinal aberto à RTP; hoje o DN dá conta da intenção do partido de reduzir em 50% o número de assessores.  

 

Gostava de saber se isto deu muito trabalho a apurar e é só coincidência ou se é uma orientação estratégica de fazer as coisas pela metade?

05
Mai11

Uma histórica ironia

João Távora

 

Para que conste nos anais da História de Portugal, o minucioso programa de governo incumbido à república portuguesa para a legislatura 2011 e 2015 foi divulgado em… inglês. Aguarda-se ainda a respectiva tradução para acesso indigena.
Pondo de lado a desconsideração, e após leitura do documento, fica-me a suspeita que melhor fora que tivesse sido em Alemão: mais radical na desestatização do regime.

 

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