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Rua Direita

Rua Direita

02
Jun11

NÃO FAÇAS AOS OUTROS

Bernardo Lobo Xavier

Com a aproximação do fim da campanha Passos Coelho, por estranho que possa parecer, está a socratizar-se.

Apanha no ar uma declaração de Paulo Portas sobre a necessidade de o CDS ter uma votação que lhe permita influenciar decisivamente as políticas do novo governo, retira-a do contexto e aproveita para fazer um apelo à maioria absoluta alegando que o CDS pode, afinal, não vir a participar no Governo.

Seria de esperar de uma pessoa decente, que foi frequentemente vítima destes processos na campanha eleitoral, que não os usasse contra terceiros. Não lhe levo a mal e acho que devemos ser benevolentes, apesar de tudo, dado que é sabido que Passos Coelho nem sempre pondera bem o que diz. Terá sido um percalço.

De toda a maneira, a aparente permeabilidade de Passos Coelho aos vícios da demagogia socrática não deixa de ser mais uma forte razão para não seguir o seu apelo e votar decididamente no CDS.

26
Mai11

INÚTEIS

Bernardo Lobo Xavier

Tenho ouvido dizer por aí que os contínuos, desastrados e ridículos apelos ao voto útil vindos de figuras menores do PSD têm precisamente o efeito contrário ao pretendido pelos seus autores, reforçando a importância fundamental de se votar CDS. Também acho.

20
Mai11

Nova Oportunidade

Bernardo Lobo Xavier

Passos Coelho tem no debate de hoje uma (última?) oportunidade para se focar no essencial, ou seja, para finalmente desmascarar a farsa socrática em curso e, assim, conquistar ao PS os votos dos eleitores de centro e de centro esquerda que estão, naturalmente, desiludidos e anseiam por uma alternativa.

 

O facto de o PSD se ter ultimamente concentrado em desvalorizar e atacar o CDS constitui um claro erro político e revela uma enorme fragilidade, incompreensível da parte de quem pretende substituir o deplorável governo que nos trouxe até aqui.

 

Para se ganhar eleições é preciso merecer o voto, pelo que o PSD tem desde logo de convencer os eleitores dos seus méritos, não basta aparecer como um mal menor e apelar desesperadamente ao voto útil à sua direita, pois assim reduz-se em vez de acrescentar.

 

Seja como for, não tenho muitas dúvidas de que PSD e CDS irão formar governo a seguir às eleições, caso obtenham em conjunto, como se adivinha, mais de 116 deputados, mesmo que o PS tenha mais votos do que o PSD. Deste modo, o voto útil não tem sentido, pelo contrário, é fundamental votar no CDS para que possa influenciar decisivamente o próximo governo.

 

13
Mai11

EXPERIÊNCIA

Bernardo Lobo Xavier

Qualquer estrangeiro que esteja em Portugal a analisar a campanha eleitoral deve achar cómica a utilização por Sócrates (com sucesso a avaliar pelas sondagens) do argumento da impreparação de Passos Coelho.

 

Seja qual for o grau de impreparação - de resto, notória - de Passos Coelho para governar, não há dúvida de que ainda lhe faltam bastantes patamares para atingir a fasquia de Sócrates na matéria.

 

Será melhor Sócrates, um impreparado com provas dadas a um nível trágico, ou Passos Coelho, um inexperiente desorientado?

 

Como é natural, nem um nem outro. A única solução será votar no CDS.

 

É (também) por isto que o debate de hoje é muito relevante. Paulo Portas tem de resistir ao ataque ao "voto útil" que certamente Passos procurará fazer, sem inviabilizar um eventual entendimento governativo pós-eleitoral. A agressividade tem de ser quanto baste pois o adversário comum é Sócrates apesar de ambos os partidos disputarem os votos do centro direita.

 

É importante afastar a ideia de que para derrotar Sócrates é necessário votar no PSD. Com o PSD e o seu líder um à deriva, sem capacidade para motivar e atrair os indecisos (e mesmo os decididos), o voto essencial para vencer Sócrates é no CDS. Hoje isso deveria ficar claro.

05
Mai11

Sócrates ri de quê?

Bernardo Lobo Xavier

Que alguma parte do país tenha recebido o “Acordo” com um certo alívio ainda se compreende, quanto mais não seja porque ficámos a conhecer os remédios e deixámos de viver na incerteza.

 

O que não se percebe é o contentamento do Governo, do Partido Socialista e, em particular, do Primeiro Ministro. Ou ele não está a ver bem ou está a gozar connosco.

 

É que o “Acordo” não contém somente um conjunto de medidas de austeridade com vista ao aumento de receita e à diminuição da despesa, que teremos de cumprir com maior ou menor dificuldade.

 

O documento traduz um verdadeiro programa de governo para os próximos anos, muito difícil de executar e revela bem a opinião da UE e do FMI sobre o fracasso da governação socialista.

 

Só um PS que apenas está preocupado com a próxima campanha eleitoral é que pode ficar satisfeito com este “Acordo”, que colide com muito daquilo que Sócrates andou a defender nos últimos anos e envolve uma enorme perda de soberania e de capacidade de decisão.

 

Dele constam medidas, algumas delas sem dúvida importantes, nas áreas da justiça, saúde, segurança social, tributação, organização administrativa, legislação laboral, bem como orientações decisivas acerca da dimensão e papel do Estado na economia, designadamente através das empresas por si participadas, que o PS sempre se recusou a considerar.

 

Não parece, portanto, que a Troika tenha tido muito em conta as posições do actual governo.

 

Por outro lado, se o “Acordo” é bom, então a estratégia de adiamento do auxílio à custa da subida das taxas de juro seguida por Sócrates e Teixeira dos Santos no último ano foi totalmente errada e suicida.

 

Só posso concluir que Sócrates está a gozar. 

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