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Rua Direita

Rua Direita

26
Mai11

A importância de 5 de Junho

Francisco de Almeida

Ainda existe muita gente que afirma que é indiferente o próximo governo de Portugal. O MOU da Troika é explicito no que diz respeito ao que temos de fazer, e por isso é só seguir essas indicações...

 

Gostava de relembrar, uma vez mais o quão importante é a eleição do dia 5 de Junho.

 

Multiplicam-se actualmente as notícias de dificuldades na Grécia, sendo já admitida a hipótese do FMI não libertar mais fundos por falta de garantias (aqui). Começa também a ser admitida a possibilidade da Grécia não ser capaz de pagar o que deve, e de ter de ser afastada do Euro. Estamos na iminência de testemunhar o retrocesso de anos de desenvolvimento dum país com o qual tantos nos comparam.

 

O MOU impõe a Portugal uma enorme responsabilidade e um desafio ainda maior. Durante centenas de anos fizemos uma dura caminhada rumo ao desenvolvimento, correndo agora o risco de ser rasteirados, pisados e ultrapassados; levantando-nos fracos e duridos para reiniciar a caminhada na companhia de países mais bem preparados e com mais "pedalada" que nós. É essencial que nos fortaleçamos e que nos mantenhamos no pelotão da frente. Acredito que nenhum Português deseje o contrário.

 

Para isto precisamos dum governo forte, coeso, com vontade de servir o país e com capacidade de unir os Portugueses.

  • Sócrates já demonstrou ser incompetente;
  • PPC não tem uma equipa nem forte nem coesa e não demonstra capacidade de unir sequer o seu próprio partido;
  • Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã querem evitar o "tropeção", "atirando-se para o chão" e convidando as pisadelas dos restantes países;
  • Paulo Portas tem um partido unido, uma equipa de enorme qualidade, conhecimento dos problemas que enfrentamos, e a capacidade de merecer a confiança dos Portugueses.

Parece-me óbvio quem está mais bem equipado para assumir esta responsabilidade.

 

Não estamos apenas a escolher um futuro PM ou governo, estamos a escolher o futuro de Portugal!

 

 

20
Mai11

O Benfica cheira mal

Francisco de Almeida

Lembro-me de com 4 ou 5 anos, o meus irmãos mais velhos dizerem-me que "O Benfica cheira mal!". Acreditando piamente nos meus irmãos mais velhos, mais sábios e mais experientes, repetia alegremente a frase a quem estivesse disposto a ouvir.

 

No entanto, ao passar na 2ª circular lá punha o nariz de fora e vinha a desilusão. O Sporting e o Benfica cheiravam os dois à mesma coisa. A revelação final veio com 7 ou 8 anos quando fui ver um jogo à Luz e constatei, sem sobra de dúvida, que tinha sido enganado. Embora seja Sportinguista convicto, consegui ainda muito novo admitir que o Benfica não cheira nem melhor nem pior do que o Sporting.

 

Porque é que trago esta história para o Rua Direita? Simplesmente porque a vejo repetida todos os dias em relação ao estado social. O mais grave é que não é repetida por crianças de 4 ou 5 anos mas por pessoas que se dizem inteligentes, informadas e que em muitos casos têm ainda a responsabilidade de ser líderes da opinião.

 

A preocupação social está no ADN do CDS. Arrisco-me a dizer que é dos partidos que ao longo dos últimos anos mais lutou pelos mais fracos. Basta olhar para o manifesto do CDS para perceber quanto essa preocupação está patente nos princípios deste partido.

 

Como já foi mencionado repetidamente pelo Adolfo Mesquita Nunes e o Victor Tavares Morais, os partidos de esquerda não têm o monopólio desta questão. Votar CDS não é votar na destruição do apoio aos mais fracos. Muito pelo contrário, é votar num partido que tem esse tema como prioridade, e que já demonstrou saber criar medidas e reformas na área social de forma justa e com enorme impacto.

13
Mai11

A TSU reveladora

Francisco de Almeida

Pedro Passos Coelho: Temos de baixar a TSU porque está num documento a dizer que é crítico e vamos financiar isso com o aumento de impostos. Quais? Nem ideia, como aliás podem perceber pela diferença de opiniões dentro do partido.

 

Paulo Portas: Estudei o assunto a fundo. Tenho uma série de reservas sobre a sua implementabilidade, já que não quero onerar mais o povo com o imposto mais injusto de todos. Não me posso comprometer com políticas que prejudicam mais os Portugueses do que ajudam, e tenho alternativas à redução da TSU para dinamizar a economia.

 

Numa frase: Um está preparado para ser primeiro ministro o outro nem equipa tem!

11
Mai11

O que eu gostava de ver nos debates...

Francisco de Almeida

Passados já três debates, fico com a sensação de que falta qualquer coisa.

 

Passa-se muito tempo a criticar o actual governo e o candidato José Sócrates e muito pouco a falar do que eu considero essencial: as medidas concretas que cada um pretende aplicar, o impacto dessas medidas no país e nos Portugueses, e sobretudo, como é que cada um dos candidatos pretende dinamizar o crescimento da nossa economia.

 

Não se iluda quem acredite que o programa de governo está definido pela Troika. O acordo exprime linhas orientadoras para contenção de custos e aumento de receita do estado. Falta a transformação de muitas dessas linhas orientadoras em medidas concretas, e a capacidade de implementação dessas mesmas medidas. Falta também, a definição clara dos mecanismos que vão sustentar o crescimento económico, que não me parecem estar tão explícitos no acordo.  É nisto que importa avaliar os candidatos a Primeiro Ministro.

 

A crítica ao governo e a José Sócrates é, na minha opinião, uma infeliz manobra de diversão. É obviamente importante avaliar o trabalho feito por este governo, mas, o fraquíssimo trabalho por ele realizado nos últimos 6 anos, e a triste figura do actual PM são tão óbvios que até comentadores internacionais que olhem brevemente para Portugal o constatam com alguma facilidade. Continuar a "bater no ceguinho" vai permitir dar ao "ceguinho" exactamente o que ele quer: Por um lado, a pena do povo alimentando o seu argumento do "coitadinho"; Por outro, desviar a atenção das medidas concretas propostas por cada partido, alimentando o seu segundo argumento, o de que "estão todos a contribuir para uma crise política mas ninguém propõe nada melhor do que eu para nos tirar da actual situação".

 

Eu acredito que não há qualquer tipo de racionalidade em dar um voto que seja ao Sócrates. Quanto mais rápido os partidos assumirem isto e deixarem de lutar activamente contra a ideia de que José Sócrates pode ser reeleito, mais rápido vamos poder assistir a discussões mais construtivas sobre o que de facto é importante para todos nós: como é que pretendem tirar-nos desta "alhada". 

 

06
Mai11

Confusões em relação ao CDS!

Francisco de Almeida

Acabo de ler no site do diário económico um artigo de opinião do professor universitário João Fernando Rosas (aqui). Temo que haja ainda muita gente confusa quanto ao CDS, e à política em geral. Alguns excertos:

 

“ (…) a presença no Governo do partido da extrema-direita parlamentar daria ao país a imagem de um executivo de "direita alargada", não de um Governo de unidade nacional”.

 

Queria começar por referir o óbvio: o CDS não é um partido de extrema direita, acho que 99% da população já percebeu. Segundo, o governo não dá “uma imagem” ao país. O governo é votado pelo povo para reflectir a imagem que o povo quer! Se o povo vota mais para a direita, é mais para a direita que vai sair o governo. Em democracia é assim.

 

“Em segundo lugar, a presença do CDS dificultaria em muito o funcionamento interno da coligação. Enquanto o PSD e o PS são partidos que têm em comum mais do que aquilo que querem admitir, o CDS é um partido de maior intransigência ideológica e com um líder especialmente truculento.”

 

Esta não percebo mesmo. Parece que ser coerente, ter princípios e ideais, defendê-los e lutar por eles, é mau. Então o que nós queremos mesmo são uma espécie de camaleões que mudam de ideias de acordo com quem estão a falar? Os Portugueses votam num governo, numa equipa e num plano de trabalho, seja ele qual for. Não votam com certeza em quem governe “ao sabor do vento”!

 

Acho que sinceramente vivo num mundo diferente do deste senhor.

05
Mai11

Acordo Troika = PEC IV?

Francisco de Almeida

Continuo sem perceber uma coisa. Segundo o Sócrates, o acordo da Troika é em larga medida igual ao PEC IV. Portanto pergunto: no caso dos partidos da oposição terem tido o comportamento patriótico e responsável de aprovar o PEC IV (segundo Sócrates, mais uma vez) quem é que nos emprestava os 78 milhões a uma taxa de 5.5%?

 

A mim, parece-me que o nosso PM deu razão à oposição, já que o chumbo do PEC IV permitiu, que com as mesmas medidas, Portugal possa ir buscar o dinheiro que necessita muito mais barato do que estava a pagar na altura.

 

Um bom negócio, digo eu.

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