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Rua Direita

Rua Direita

07
Jun11

Boys, don't cry

Helena Costa Cabral

Já tudo foi dito, por isso não me alongo nas despedidas: foi uma honra fazer parte de um projecto tão decisivo, competente, motivador e entusiasmante como este. Muito obrigada a todos e parabéns especialmente aos mais trabalhadores que eu tanto admiro.

 

O nosso factor de união, o CDS, está de parabéns por ter crescido, por se ter assumido como uma verdadeira alternativa e por ter dado esperança a tantos desiludidos com o panorama político nacional. Vai fazer toda a diferença neste novo governo, para bem de Portugal.

 

Uma palavrinha final e uma sugestão para Sócrates y sus chicos: tchauzinho. Como já não se aguenta a banda sonora do Gladiador, sugiro a alteração para um clássico dos The Cure que inspirou o título deste post.

11
Mai11

Profecia auto-realizante

Helena Costa Cabral

Depois do debate de hoje a conclusão da Inês é ainda mais verdadeira.

 

Para superar o candidato José Sócrates, o candidato Pedro Passos Coelho tem de ser mais assertivo. À pergunta colocada por Judite de Sousa sobre se governaria com o PS caso este ganhasse, a única resposta aceitável seria algo na linha de: "Felizmente não preciso sequer de considerar esse cenário porque o PS NÃO VAI GANHAR. Tenho confiança nos portugueses e sei que eles saberão tomar a decisão certa no momento certo".

 

Em caso de insistência da jornalista deveria aprender com o seu adversário desta noite e repetir o mesmo por outras palavras (táctica de herança marxista tão útil em surpreendentemente tantas situações). Só em estado de pré-exaustão conseguiria Judite de Sousa arrancar-lhe o "Não" que tão prontamente hoje respondeu.

 

É urgente instalar o sentimento de que Sócrates tem os dias contados. Todos sabemos o papel fundamental desempenhado pelos eleitores "à boca da urna" que votam de acordo com a ideia generalizada do vencedor, seja por necessidade de pertença a um grupo, seja por gostarem de ir apitar para o Marquês, isso não interessa. Interessa é instituir a profecia auto-realizante certa e garantir que o candidato José Sócrates não terá a oportunidade de gerir nem mais €5 do nosso dinheiro.

05
Mai11

VATicínios

Helena Costa Cabral

Um bom espelho da actividade dos grupos de pressão no nosso país são as listas de bens sujeitos a taxa reduzida e intermédia de IVA.

 

Só assim se explicam fenómenos absurdos como o café estar sujeito a 13% e o chá em saquinhos a 23%, mas se as folhas de chá estiverem inteiras e secas já pode ser tributado a 6%. Ou os aperitivos fritos de milho serem tributados a 13% ao passo que os cereais de pequeno-almoço o são a 23%.

 

Nada disto assenta em fundamentos objectivos ou lógicos, o que faz das listas um palco de sérias injustiças para operadores e para consumidores.

 

Embora muitos discordem, urge alterar estas listas e dotá-las de racionalidade. Foi por isso com bons olhos que li o ponto 1.23 do Memorandum.

 

Além disso parece-me ser claramente preferível esta solução a um aumento generalizado das taxas, mesmo em termos reditícios se se aceitar a validade da Curva de Laffer.

 

Um bem que deveria ser imediatamente tributado à taxa normal é o gás natural. Enquanto consumidora contra mim falo, mas a verdade é que Portugal é praticamente o único país que aplica esta redução de taxa e os respectivos motivos são questionáveis: "Natural" não se confunde com renovável, o gás natural é um combustível fóssil. Tributar a taxas tão diferenciadas o gás natural e o gás canalizado ou o de garrafa, produtos praticamente iguais com fins iguais, provoca distorções de mercado sérias e penaliza os muitos consumidores de zonas interiores onde as redes de gás natural ainda não chegam.

04
Mai11

Cura do Síndrome de Estocolmo

Helena Costa Cabral

Há mais de dez anos, vivia num bairro típico lisboeta. No fim da minha rua moravam a Dona Adelaide e o Senhor Luís, um casal sem filhos. As discussões eram constantes e terminavam quase sempre com a intervenção da polícia, chamada pelos vizinhos.

 

Era frequente ver a Dona Adelaide com equimoses e contusões mal disfarçadas por uns gigantes óculos escuros. Um dia, na padaria da rua, ouvi-lhe a seguinte afirmação: “O meu Luís é bom homem…o único problema dele é a bebida…mas é muito meu amigo, não sei o que é que eu faria sem ele”.

 

Mudei de casa pouco tempo depois. Nunca mais soube nada deles, mas gosto de pensar que o Senhor Luís está no único sítio onde merece estar, na prisão, e que a Dona Adelaide ganhou forças, acreditou em si, agiu e libertou-se daquela situação infernal.

 

É tempo de os portugueses deixarem de encontrar desculpas para os seus agressores, ganharem força, acreditarem em si, agirem e libertarem-se desta situação infernal. Nada está escrito, o dia 5.6 é o dia em que muda o nosso destino. E quem nos agrediu devia partilhar cela com o Senhor Luís.

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