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Rua Direita

Rua Direita

06
Jun11

Agora, o Voto de Confiança

João Ferreira Rebelo

Durante alguns tempos andamos por aqui a trocar umas ideias, muito saudáveis e sustentadas, sobre o que seria bom para Portugal na próxima legislatura. Já não precisamos neste momento de explicar o que é o verdadeiro voto útil.

 

Os resultados estão à vista. São cada vez os que pensam como nós e que acreditam que o CDS faz parte activa da solução que todos precisamos. Agora é altura de dar o voto de confiança.

 

Foi um prazer andar por aqui, o meu muito obrigado a Todos os vizinhos e a Todos quantos nos seguiram e connosco trocaram argumentos.

25
Mai11

O Serviço Nacional de Saúde – Acesso Universal e Tendencialmente Gratuito

João Ferreira Rebelo

Do Manifesto do CDS, no que respeita à saúde e mais especificamente ao SNS, pode ler-se que uma das medidas propostas passa por sensibilizar os cidadãos para o facto de o SNS ser tendencialmente gratuito no momento da utilização, mas que tem, evidentemente, custos públicos muito elevados.

 

Este é um ponto chave em qualquer análise que se faça do SNS e da saúde em geral. Pese embora os cidadãos paguem apenas taxas moderadoras aquando da utilização de serviços médicos, a verdade é que os custos incorridos com esses mesmos serviços são bastante elevados e desconhecidos por quem os utiliza. Não podemos esquecer que apesar de não pagarmos “pela saúde” o seu verdadeiro custo no momento em que recorremos ao SNS, estamos a pagar esses mesmos serviços através dos nossos impostos, pelo que é urgente analisar a estrutura de custos do SNS e torná-lo mais eficiente.

 

Para melhor se perceber a lógica de funcionamento do SNS, é necessário distinguir três realidades que muitas vezes são confundidas: (i) o financiamento, (ii) a prestação dos serviços médicos, (iii) a utilização desses mesmos serviços.

 

Começando pelo fim, ou seja, quanto à utilização dos serviços de saúde, por muito que certas vozes de esquerda gostem de dizer o contrário, nunca o CDS teve como objectivo a limitação de acesso ao SNS por parte dos cidadãos. Bem pelo contrário. O acesso ao SNS, em consonância com a nossa constituição, deve ser garantido a todos os cidadãos  e ser tendencialmente gratuito no momento da sua utilização. Contudo, com as tamanhas listas de espera, essa garantia de acesso está fortemente beliscada, mais que não seja em tempo útil. Significa isso que, melhorar a eficiência do SNS, quer ao nível do financiamento, quer ao nível da prestação dos cuidados, terá como consequência necessária uma mais efectiva garantia de acesso universal.

 

Nesta medida, quando o CDS se propõe a tomar medidas, quer ao nível do financiamento, quer ao nível da prestação dos cuidados, significa que não eliminará quaisquer garantias de acesso dos cidadãos aos serviços que necessitem, mas, mais ainda, criará condições para que esse acesso seja efectivamente universal e em tempo útil.

 

19
Mai11

Novamente, o Voto Útil

João Ferreira Rebelo

É oficial. A velha história do voto útil instalou-se na campanha eleitoral e veio para ficar, mais forte que nunca.

 

O próprio conceito de voto útil faz-me alguma confusão. Desde logo porque é a negação do mérito, enceta a si próprio a ideia de “mal menor”: eu posso não ser o melhor, mas votem em mim, pois eu tenho hipóteses de chegar ao Governo… Ou seja, pede-se aos eleitores que escolham um determinado partido não por se identificarem com as suas medidas, mas antes porque esse partido tem, tipicamente, hipóteses de ganhar eleições.

 

Contudo, deixando de lado esta vertente conceptual, incomoda-me ainda mais o triste apelo ao voto útil no actual cenário, mais precisamente nas eleições que se avizinham. Na sua lógica, pouco feliz, tem apelado o PSD ao voto útil alertando que a disputa é entre Sócrates e Passos Coelho. Um clara tentativa de saque aos votos do CDS. Para justificar esse apelo, o PSD constrói cenários pós eleitorais e (tenta) pressionar os eleitores, ameaçando-os com estruturas de Governo “estranhas”. É um erro. Não se pode pedir aos cidadãos que votem tendo por base as hipóteses que resultem do acto eleitoral. Além de soar a desespero pode ter o efeito contrário ao pretendido.

 

Por outro lado, o PSD não precisa disso, não tem necessidade de ir por esse caminho perigoso. Apresentou-se às eleições com um Programa de Governo detalhado e ousado, admito, e devia concentrar os seus esforços em passar a mensagem, explicá-lo, mostrar as vantagens de uma política de direita, vincando bem os desastres da esquerda e os erros graves de Sócrates. Até porque, mais ainda, os Portugueses não precisam que os assustem com os fantasmas pós-eleitorais, precisam antes de uma mensagem de esperança e confiança e de alguém que mostre soluções concretas e objectivas.

 

Isto tudo para dizer que os votos não se pedem, merecem-se. E aí o CDS pode dar algumas aulas ao PSD, que parece ainda não ter aprendido a lição. Na verdade, é a custa de muito trabalho, espírito crítico, mensagens de esperança claras e concisas que se mostra aos mais de 20% de indecisos qual o caminho a seguir.

17
Mai11

O que os Outros Pensam...

João Ferreira Rebelo

Hoje de manhã tive de ir à Loja do Cidadão. Decidi apanhar o Elevador da Glória e no meio de dezenas de turistas, 2 italianos e 2 ingleses elogiavam sobejamente Lisboa.

 

Gabavam o nosso sol, a nossa arquitectura, a excelente gastronomia e a arte de bem servir. De seguida, já em tom de espanto, comentavam que se vive muito bem em Lisboa, que não se vê miséria, nem pobreza (depende por onde andaram, é certo) e concluíram, já com o apoio de outros turistas que os ouviam, que Portugal não precisa de ajuda externa, que tudo não passa de um embuste para gamar uns trocos aos vizinhos ricos da Europa.

 

Estive quase para pedir desculpa em nome dos Portugueses e para explicar que daqui a 3 semanas vamos finalmente ter um novo governo e mandar para casa aquele Senhor que nos deixou nesta situação. Mas por momentos tive receio de também eu poder estar a mentir…

Até os estrangeiros percebem que o nosso Governo não aumentou a dívida para fazer face a graves problemas sociais, mas antes para levar a cabo políticas megalómanas, grandes obras não urgentes e favorecer interesses pessoais.

 

O que nos falta para perceber também?

12
Mai11

Estado da Nação - Reforma na Saúde

João Ferreira Rebelo

Acabo de vir da Conferência sobre o Estado da Nação, organizada pelo Correio da Manhã, cujo primeiro painel se dedicava à Reforma na Saúde.

 

Como oradores tínhamos Maria de Belém, Adalberto Campos Fernandes (ex-Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria), Jorge Simões (Presidente da Entidade Reguladora da Saúde) e Teresa Caeiro.

 

É de notar o efeito que o MoU da Troika tem nas pessoas. De facto, deixa de haver tantos pudores em falar de medidas impopulares. Tudo funciona como se um simples memorando conferisse legitimidade aos políticos e dirigentes de cargos públicos para dizer certas coisas que sempre pensaram, mas nunca tiveram coragem (ou oportunidade política…) para fazer abertamente. Falo por exemplo nas intervenções que surgiram sobre o excesso de hospitais e a necessidade de reorganizar a rede de prestação de cuidados de saúde.

 

Foram, contudo, as palavras de Teresa Caeiro que mereceram o meu aplauso. De forma simples e eficaz (assim o espero) transmitiu claramente que o CDS não pretende acabar com o SNS, nem retirar garantias de acesso à saúde aos cidadãos, muito pelo contrário. E isso é fundamental: acabar com o mito de que a Direita quer limitar o acesso à saúde. De seguida, apelou à necessidade de se criar um plano estratégico para a saúde, o que realmente é urgente, de forma a acabar com a constante produção de medidas esparsas e populistas que a médio/longo prazo só criam mais despesa e uma maior dificuldade de acesso ao SNS.

 

Mas foi sobretudo no que respeita à necessidade de controlar o desperdício e de evitar as chamadas duplas coberturas que mais gostei de ouvir a Teresa Caeiro. Portugal neste momento, além dos custos directos com o SNS, gasta ainda uma grande fatia do Orçamento de Estado com a ADSE. Por outro lado, as próprias famílias, quer de forma directa, quer através de seguros de saúde, despendem ainda uma elevada parcela das suas receitas com a prestação de serviços de saúde. Ora, é urgente olhar para estes números e perceber que em muitos casos andam o SNS, a ADSE e as famílias a pagar por várias formas, e várias vezes, para obter o mesmo bem.

09
Mai11

Voto Útil? Útil a Quem?

João Ferreira Rebelo

Temos assistido a alguma descoordenação interna do PSD, nomeadamente entre o seu líder e certos membros “menos tímidos” da sua equipa. O que de certa forma se compreende, pois dado o (mau) estado da Nação todos querem contribuir com ideias, sugestões, etc. Mas se aceitamos que venham a lume muitas ideias, muitas soluções, ainda que não coincidentes dentro do mesmo partido, já nos custa a aceitar que o PSD se desvie do alvo José Sócrates e comece também a disparar noutras direcções. Isto a propósito do eterno cliché do voto útil.

 

Em 2009, a bandeira do voto útil não serviu de muito ao PSD. Não só perdeu as eleições para José Sócrates, como viu o CDS crescer. Contudo, parece querer insistir na receita, o que honestamente não se compreende. Até os cidadãos mais desligados da política activa já começam a perceber que o binómio PS/PSD não é solução. Felizmente já muita gente percebe que há alternativas sérias e credíveis e só fazia bem à saúde do PSD ter noção disso mesmo, ao invés de insistir que só se justifica o voto nos dois típicos partidos que nos têm governado.

 

Por outro lado, no limite, esta posição favorece o voto no PS, pois aceita de barato que a alternativa para quem não quer votar no PSD é mais Governo com José Sócrates. E isto sim é verdadeiramente inaceitável, pelo que não devia sequer entrar na equação. Já bastam os votos de todos aqueles que acompanham o PS sem discutir (e que, infelizmente, continuam a ser muitos), mas vamos, por favor, ter um discurso decente e convincente para os indecisos e para os descontentes.

 

É caso para perguntar, voto útil, para quem? A quem é que é útil reduzir as hipóteses de voto ao PS e ao PSD? Não é aos Portugueses, com toda a certeza, pois, acima de tudo, essa escolha forçada é a grande responsável da abstenção e do discurso do “não vale a votar, são todos iguais…”. Não é verdade, não são todos iguais e há mais possibilidades. O CDS é sem dúvida uma delas, com provas dadas, gente séria, descomprometida e competente. E o PSD devia perceber (mais do que perceber, aceitar) essa realidade e dirigir as suas forças para o inimigo n.º 1 de Portugal e não para o CDS. E devia fazê-lo depressa, antes que, mais uma vez, seja tarde.

06
Mai11

Empate Técnico: Com ou sem Troika?

João Ferreira Rebelo

Dão conta as notícias que, segundo as sondagens, estamos perante um empate técnico entre PSD e PS, ainda que com ligeira vantagem para o PSD. Estes números ainda não têm reflectidas as declarações da Troika no sentido de que o esforço para Portugal não seria tão grande se o Governo tivesse recorrido à ajuda externa antes.

 

Espero que os próximos números já possam reflectir essas declarações e que o PS comece a ficar relegado para o lugar que merece!

05
Mai11

Mais um dia que chega ao fim...

João Ferreira Rebelo

... E para não variar temos muito de agradecer a José Sócrates: Ficamos todos com o 13º e 14º mês, nada se passa, afinal o acordo com a Troika é só um memorando de intenções, deixem lá vir o dinheirinho para tapar uns buracos e daqui a uns tempos logo se vê como se paga. Se não pagarmos, os ricos da Europa emprestam mais.

 

E assim se faz campanha!

04
Mai11

Afinal, quem é o Ceguinho?

João Ferreira Rebelo

Diziam-me esta tarde que não vale a pena bater no “ceguinho”, que já chega de apontar o dedo a José Sócrates e que agora é hora de discutir e avançar. Quanto a esta última parte, não podia estar mais de acordo. Já quanto ao “ceguinho”, alguém está a ver mal o filme… O dito “ceguinho” é aquele que continua a aparecer bem posicionado nas sondagens, com uma equipa de marketing político fortíssima, em sério de risco de voltar a ser 1º Ministro!

 

Logo, não, não é demais dar conta de todas e cada uma das artimanhas de José Sócrates. Chega de deixar as culpas cair em sacos rotos. Chega de ter memória curta. Desculpem, mas os ceguinhos temos sido todos nós (uns mais que outros, é certo).

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