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Rua Direita

Rua Direita

06
Jun11

Curta crónica duma grande campanha

João Távora

Tenho que aqui confessar, a par do sentimento de alívio de ver destituída a ruinosa troupe de José Sócrates, uma certa desilusão com os resultados do CDS: sem grandes euforias, eu esperava a eleição de mais dois ou três deputados, nomeadamente em Leiria e no Porto.
Este desfecho releva-nos para algumas realidades que julgo serem incontornáveis: a tendência bipolar do sistema político nacional, as débeis estruturas territoriais dum pequeno grande partido como o CDS, e Last but not least, a sua matriz suportada em honrosas Causas tendencialmente minoritárias: historicamente os sólidos valores cristãos nunca granjearam grande popularidade.  Definitivamente o sufocante Centrão não é o nosso espaço.
Reitero no entanto aquilo que aqui afirmei há dias: dadas as circunstâncias, fez-se uma espantosa campanha eleitoral… e o partido conta com um grupo parlamentar com valores de excelência. Os meus parabéns e votos de coragem a todos, que a hora é de pôr mãos à obra para recuperar Portugal.

 

Em estéreo

03
Jun11

A hora da verdade

João Távora

 

Está a chegar ao fim uma das mais determinantes campanhas eleitorais de sempre, cujos resultados, embalados pelo trágico destino a que o país foi conduzido, apontam para uma decisiva mudança de rumo. Nesse sentido, tudo indica que o CDS obtenha um resultado histórico e para tal empresa seja chamado a contribuir.
Para lá do capital de experiência exibido por Paulo Portas que genericamente se distinguiu por um discurso sereno e confiante, contruiu para este sucesso, uma luxuosa equipa de candidatos ao parlamento, enquadrados por muito voluntarismo e gente de inquestionável qualidade profissional e humana, que há muito vem desbravando o seu caminho. Apesar dum orçamento limitado, estou certo que os frutos desta campanha reflectirão uma lição de eficácia.

Finalmente é de registar que tudo isto aconteceu sem que o partido cedesse à domesticação ideológica e à tentação do “politicamente correcto”. O património ideológico conservador, personalista e cristão foi afirmado e preservado, o que prova que os valores de direita não são impedimento ao crescimento. É que o “povo” saberá sempre reconhecer o rasto à verdade, cujo valor é definitivamente o mais fiável. Mais ainda perante os ciclópicos desafios com que a pátria em breve se confrontará. Mas isso já é outra conversa: a cada dia basta a sua pena. 

 

Em estéreo

31
Mai11

Uma questão aritmética, uma causa patriótica

João Távora

 

(...) É essencial que o CDS-PP consiga eleger novos deputados em Lisboa, Porto, Aveiro, Braga, Setúbal, consiga reforçar a sua presença parlamentar em Santarém, Coimbra, Faro, na Madeira, em Viana. Consiga eleger novos deputados nos Açores, na Guarda, em Vila Real. Estes deputados são todos tirados ao Partido Socialista. E não são assim tão poucos, são muitos. Se nós não elegermos, quem elege é o PS. 

Faltou referir o caso de Leiria, que vem bem demonstrado no estudo do Expresso do passado fim-de-semana, Dr. Portas! (Em entrevista ao jornal i)

30
Mai11

Um caso chamado Passos Coelho

João Távora

Tenho para mim que o principal objectivo das eleições do próximo Domingo será atingido: evitar que a missão de resgate do país seja atribuída ao protagonista da sua consumada ruina.

 

O meu optimismo esbarra no entanto com um terrível receio de que Passos Coelho não possua arcaboiço para liderar a dramática e complexa empresa que se iniciará na segunda-feira, e que num fósforo porá à prova a sua firmeza e liderança, capacidade de motivar, gerar consensos e de enfrentar com firmeza as corporações conservadoras, os sindicatos avessos à mudança, e uma comunicação social sedenta de sangue, porque histórica e culturalmente comprometida com a quimera socialista.

 

É fácil reconhecer-se agora como foram injustificadas as acusações em tempos assacadas a PPC deste ser um produto comunicacional, muita parra e pouca uva ao pior estilo de José Sócrates. Antes pelo contrário: o actual líder do PSD gere uma frágil imagem, um discurso atabalhoado na forma e no conteúdo, sempre atrapalhado com as palavras que não conseguem explicar os estapafurdios argumentos soprados aos seus ouvidos por uma trágica assessoria.

 

Insisto, voltando à ideia com que iniciei este texto: a destituição de José Sócrates parece-me irreversível e será sempre uma boa notícia a 5 de Junho. Para sossegar o meu espírito inquieto, dir-me-ão os meus amigos sociais-democratas que um bom comunicador não é obrigatoriamente um bom governante. Mas se isso é verdade, certo é que o próximo executivo enfrentará um duro combate e exige uma liderança forte de excepcional desembaraço e carisma, qualidades que Pedro Passos Coelho tarda em revelar-nos. 

 

Em estéreo

28
Mai11

A pulhitiquice ou uma Causa nacional

João Távora

 

Na segunda-feira dia 6 de Junho inicia-se a hercúlea tarefa do País apanhar os cacos partidos, de modo a enfrentar-se a mais penosa conjuntura política e económica vivida na frágil democracia portuguesa. Se é compreensível que o PSD e o CDS recusem a inclusão do protagonista desta vertiginosa espiral de ruína para a árdua missão de resgate, já não me parece razoável que no PS alguém venha agora impor condições para o auxílio. 


É de facto muito pouco o que separa hoje Portugal duma enorme catástrofe política e social. Nesse sentido, as declarações de Manuel Alegre ontem em Coimbra, reclamando o estatuto de oposição para o seu partido caso não vença as eleições, pecam não só por um escabroso tacticismo politiqueiro, mas uma deplorável falta de patriotismo. Deformidade essa que já constava na duvidosa folha de serviço deste lírico bardo da 3ª república.

 

Em estéreo 

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